![O Chefe do Estado-Maior da Defesa britânico, Tony Radakin, o Secretário de Defesa britânico, John Healey, o Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, Thierry Burkhard, observam antes de uma reunião da "Coalizão dos Ministros da Defesa dispostos" na sede da OTAN (Foto: Nicolas TUCAT/AFP) O Chefe do Estado-Maior da Defesa britânico, Tony Radakin, o Secretário de Defesa britânico, John Healey, o Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, Thierry Burkhard, observam antes de uma reunião da "Coalizão dos Ministros da Defesa dispostos" na sede da OTAN (Foto: Nicolas TUCAT/AFP)]() |
O Chefe do Estado-Maior da Defesa britânico, Tony Radakin, o Secretário de Defesa britânico, John Healey, o Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, Thierry Burkhard, observam antes de uma reunião da "Coalizão dos Ministros da Defesa dispostos" na sede da OTAN (Foto: Nicolas TUCAT/AFP) |
Reunião que acontece hoje na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em Bruxelas, reúne cerca de 30 países e tem como objetivo fazer progressos no planejamento de uma força multinacional para ajudar a manter a paz na Ucrânia a longo prazo, com a ideia de um destacamento militar para reforçar a segurança quando for alcançado um cessar-fogo.
É o primeiro encontro entre os ministros da Defesa de cada país, chamado de coligação dos dispostos que apoiam a Ucrânia, e é organizada e liderada pelo Reino Unido e a França.
Na abertura da reunião, o ministro da Defesa britânico, John Healey, afirmou que a primeira prioridade é garantir a segurança nos céus, seguida do mar e parte terrestre, com a finalidade de haver um contingente que assegure a paz por completo no território.
Os países também visam o reforço do exército ucraniano para se proteger de qualquer ofensiva futura. “A coligação tem um planejamento real e substancial. Os nossos planos estão bem desenvolvidos e temos objetivos claros para a Ucrânia", anunciou Healey, acrescentando que 200 responsáveis militares dos 30 países estão trabalhando para desenvolver planos para aprofundar a participação europeia na Ucrânia.
De acordo o ministro do Reino Unido, a coligação deve estar preparada para quando chegar o momento da paz e as forças de garantia serão um dispositivo de segurança empenhado e considerável para garantir uma paz plena, justa e duradoura na Ucrânia.
Healey ainda apontou que a Rússia continua os ataques diários contra o território ucraniano e que é preciso exercer toda a pressão possível sobre o Kremlin para que haja uma negociação concreta e definitiva.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, limitou a um grupo de países interessados o destacamento, que deverá ter o apoio técnico e político dos Estados Unidos, como insiste também o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Nas reuniões da coligação, os EUA não participam, mas o sucesso da operação depende do apoio de Washington com poder aéreo ou outra assistência militar. No entanto, a administração Trump ainda não se comprometeu publicamente com estas iniciativas.
Por isso, os países permanecem relutantes em contribuir com pessoal sem a ajuda da Casa Branca, uma vez que os europeus não possuem as capacidades dos sistemas de armas, informações e vigilância por satélite dos EUA.
A chefe da política externa da União Europeia (UE), Kaja Kallas, declarou que os ministros atuam para tentar manter os norte-americanos no mesmo objetivo. Kallas defendeu ser necessário especificar que tipo de força a coligação estará disposta a enviar para a Ucrânia depois de uma trégua, seja para fins de segurança, dissuasão, controle ou manutenção da paz. "Existem diferentes opções e, como é óbvio, diferentes países têm diferentes sensibilidades em relação a esta questão", explicou, referindo que alguns governos estão dispostos a participar, outros não.
No entanto, Trump já avisou recentemente que a Europa deve cuidar da sua própria segurança e da segurança da Ucrânia no futuro.
Enquanto isso, na sexta-feira, representantes de cerca de 50 países vão se reunir igualmente na sede da OTAN para arrecadar apoio militar para a Ucrânia, numa cúpula presidida pelo Reino Unido e a Alemanha.