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GUERRA

Israel deve aumentar a frente de combate na Cisjordânia

Segundo Netanyahu, frente de combate maior e mais poderosa na Cisjordânia pode ser aberta depois da retomada das operações militares na Faixa de Gaza

Publicado em: 20/03/2025 12:35

Veículos militares israelenses são enviados durante um ataque do exército no campo de refugiados palestinos de Al-Ain, a oeste de Nablus, na Cisjordânia ocupada (Foto: Zain JAAFAR/AFP)
Veículos militares israelenses são enviados durante um ataque do exército no campo de refugiados palestinos de Al-Ain, a oeste de Nablus, na Cisjordânia ocupada (Foto: Zain JAAFAR/AFP)
Nesta quinta-feira (20), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, adiantou que pode ser aberta uma frente de combate maior e mais poderosa na Cisjordânia, depois da retomada das operações militares na Faixa de Gaza.

"Esta é a nossa ponta de lança. Penetramos, desequilibramos o inimigo terrorista e lidamos com ele. Porque enquanto travamos uma guerra feroz contra o Hamas na Faixa de Gaza, estamos conscientes da possibilidade de uma frente maior e mais poderosa se abrir aqui na Judeia e Samaria (nome bíblico que os israelenses usam para a Cisjordânia)", disse o premiê.

As declarações do primeiro-ministro aconteceram logo após o exército de Israel ter anunciado a expansão de um amplo ataque antiterrorismo no norte da Cisjordânia, em Nablus, uma das principais cidades da região palestina.

Desde então, as tropas militares têm atuado intensamente nos campos de refugiados de Al Ain, Balata e Askar.  Também a operação "Muro de Ferro" no norte, nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Nur Shams, já matou mais de 50 pessoas, sendo 17 delas crianças, segundo o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

“Além disso, aproximadamente 35 mil palestinos continuam deslocados por esta operação”, comunicou o OCHA.

Enquanto as forças israelenses voltam a promover uma campanha de bombardeios e incursão terrestre em Gaza, que causou centenas de mortos e feridos, em Israel decorre cada vez mais protestos contra as decisões do governo de Netanyahu. Na última noite, a polícia usou canhões de água para dispersar os manifestantes.

Por outro lado, o braço armado do Hamas reivindicou hoje um ataque contra Tel Aviv, afirmando que os disparos são a resposta aos “massacres sionistas contra civis” em Gaza. Segundo o exército israelense foram identificados três projéteis lançados do sul de Gaza em direção a Israel, tendo um deles sido interceptado e os outros dois caídos numa área aberta.
Tags: guerra | gaza | cisjordânia | israel |

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