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GUERRA

Após dois anos de guerra, exército do Sudão diz que retomou os prédios governamentais das milícias

Grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) foi expulso do centro de Cartum, a capital do país

Publicado em: 21/03/2025 13:04

Após dois anos de guerra, o exército do Sudão anunciou nesta sexta-feira (21) ter recuperado o controle do palácio presidencial e de edifícios governamentais, inclusive o aeroporto internacional, tendo expulsado o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) do centro de Cartum, a capital do país.

“Nossas forças conseguiram esmagar as milícias terroristas no centro de Cartum, nos edifícios do Palácio da República, símbolo da soberania, do orgulho e da dignidade do povo sudanês, e nos edifícios dos ministérios. As nossas forças armadas destruíram completamente o pessoal e o equipamento do inimigo e apreenderam grandes quantidades das suas armas e equipamento. Continuaremos em todos os campos de batalha até alcançarmos a vitória completa e até que o nosso país fique limpo das milícias das RSF”,  declarou o coronel Nabil Abdala, porta-voz do exército sudanês.

Nas últimas semanas, o exército sudanês lançou uma operação para reconquistar os bairros controlados pelas RSF na capital do país, após ter expulsado os paramilitares das principais vilas e cidades do centro leste e do centro sul do Sudão. Desde o início da guerra no Sudão, em abril de 2023, o palácio presidencial e os edifícios governamentais, no centro de Cartum, entre outros prédios importantes, incluindo o aeroporto internacional, assim como vários bairros estratégicos da capital, estavam sob domínio das RSF.

No entanto, as RSF, que ainda controlam algumas áreas no sul e oeste da capital, até agora não se pronunciaram sobre o comunicado do exército.

A guerra no Sudão começou em 15 de abril de 2023, depois do fracasso das negociações entre as RSF e o exército para integrar os paramilitares nas forças armadas. O conflito já causou milhares de mortos, com uma estimativa de 150 mil vitimas fatais, além de gerar  a deslocação interna de mais de 12 milhões de pessoas e mais de três milhões das quais para os países vizinhos.

O Governo, controlado pelo Conselho Soberano, cujo presidente é o líder do exército, Abdelfatah al Burhan, também se mudou para Porto Sudão, uma cidade segura no leste do país que também abriga as embaixadas estrangeiras e as organizações internacionais.
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