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ESTADOS UNIDOS

TikTok pode encerrar operações nos EUA já neste domingo

Quem estiver nos Estados Unidos e abrir o aplicativo a partir de domingo (19) verá uma mensagem pop-up com redirecionamento para um site com informações sobre a proibição

Publicado: 16/01/2025 às 09:21

Sarah Baus, de Charleston, S.C., uma criadora de conteúdo no TikTok, segura um cartaz que diz ''mantenha o tiktok'' do lado de fora do Edifício da Suprema Corte dos EUA enquanto o tribunal ouve os argumentos orais sobre a possibilidade de reverter ou adiar uma lei que pode levar a uma proibição do TikTok nos EUA/Foto: Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Sarah Baus, de Charleston, S.C., uma criadora de conteúdo no TikTok, segura um cartaz que diz ''mantenha o tiktok'' do lado de fora do Edifício da Suprema Corte dos EUA enquanto o tribunal ouve os argumentos orais sobre a possibilidade de reverter ou adiar uma lei que pode levar a uma proibição do TikTok nos EUA/Foto: Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Sarah Baus, de Charleston, S.C., uma criadora de conteúdo no TikTok, segura um cartaz que diz

 

O TikTok planeja encerrar a operação nos Estados Unidos no dia 19 de janeiro, um domingo, segundo a agência Reuters. Caso seja confirmada a decisão, o aplicativo de vídeo curtos encerra uma situação que teve início com um projeto de lei sancionado em abril, por Joe Biden, que determinava a venda do serviço para continuar operando em território americano.

 

A saída total do aplicativo nos EUA também representaria uma decisão mais radical o que foi proposto pelo governo americano. A legislação previa que novos downloads não podem ser realizados dentro das lojas de aplicativo da Apple e do Google, respectivamente Apple Store e Play Store. Assim, usuários antigos que já têm o app instalados nos celulares ainda conseguiriam usar a rede social até uma - provável - nova medida ser tomada.

 

Portanto, quem estiver nos Estados Unidos e abrir o aplicativo a partir de domingo verá uma mensagem pop-up com redirecionamento para um site com informações sobre a proibição, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Do lado do usuário, será possível fazer o download de todos os dados, ou seja: fotos, vídeos, informações pessoais e arquivos salvos até domingo.

 

A ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, tinha prazo inicial de 270 dias (9 meses) para vender a rede social para um administrador americano, o que não aconteceu.

 

O argumento que sustenta a proibição, de acordo com legisladores americanos, é de que a plataforma representa uma ameaça para a segurança nacional devido à possibilidade do governo chinês - que tem ações preferências na empresa e pode aprovar e vetar decisões do conselho - de acessar dados de cidadãos americanos.

 

Encerrar serviços dessa natureza não exige planejamento longo. E caso a proibição seja revertida, o TikTok é capaz de reestabelecer o serviço para usuários dos EUA em pouco tempo, segundo a mesma fonte.

 

Ainda em dezembro, Donald Trump, já vencedor das eleições, pediu à Suprema Corte dos EUA para adiar a suspensão do aplicativo e disse que negociaria com os proprietários chineses a fim de "salvar a plataforma". Essa tentativa de intervenção seguia a promessa de campanha de manter a rede social disponível para seus mais de 170 milhões de usuários no país.

 

Cerca de 60% da ByteDance pertence a grandes investidores, como os fundos BlackRock e General Atlantic. Os outros 40% são divididos igualmente entre os fundadores da ByteDance e seus funcionários. Além disso, a empresa tem uma grande operação nos Estados Unidos, com mais de 7 mil funcionários.

 

Tentativas para deixar o TikTok funcionando nos EUA

 

Até o bilionário e dono do X, Elon Musk entrou na história. Por que? Existe a possibilidade de Musk comprar o TikTok caso um acordo entre o governo e o aplicativo não aconteça, segundo a Bloomberg.

 

Duas vantagens pesam na tese de que Musk gostaria de comprar a plataforma: ter mais um amplificador de suas ideias e usar a rede para reforçar o apelo publicitário de suas marcas. Em abril o bilionário disse no X ser contrário ao banimento do TikTok, mesmo que isso fosse benéfico para sua rede social. "fazer isso seria contrário à liberdade de expressão. Não é o que a América representa", escreveu.

 

A relação entre China e Musk é - curiosamente - estreita. O motivo? Foi em Xangai que ele escolheu para erguer uma das maiores fábricas do mundo, em 2019, e transformar Xangai na sua maior base de operação. 

 

 

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