CONFLITO
Rússia realiza série de ataques em várias regiões da Ucrânia
O Ministério russo da Defesa afirmou que esse ataque ucraniano foi feito com recurso de mísseis norte-americanosPublicado em: 15/01/2025 13:12
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Foto: YURIY DYACHYSHYN/AFP |
Nesta quarta-feira (15), as autoridades ucranianas declararam um alerta aéreo em todo o país devido ao ataque em massa de mísseis russos.
A massiva ofensiva teve como alvos principais Kiev, Kryvyï Rig, a terra natal do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que fica no cento do país e às regiões de Cherniguiv, Poltava, Lviv, Ivano-Frankivsk e Mylovaïv.
O alerta foi anunciado um dia após a Ucrânia ter lançado um ataque com sucesso contra infraestruturas militares e petrolíferas em território russo, que Kiev considerou a maior ofensiva desde o início da guerra, que atingiu a República do Tartaristão, a região de Saratov, no Volga, a cidade fronteiriça de Bryansk e ainda Tula, próximo de Moscou.
O Ministério russo da Defesa garantiu que esse ataque ucraniano foi feito com recurso de mísseis norte-americanos ATACMS e mísseis britânicos Storm Shadow, e tinha prometido que iria retaliar sistematicamente, sobretudo pelo uso de armas ocidentais.
Os dois lados intensificaram os ataques nas últimas semanas e buscam reforçar as suas posições antes de Donald Trump tomar posse como o novo presidente dos EUA, que já afirmou que irá por fim a guerra.
Cortes de energia
O governo da Ucrania teve que fazer corte de energia emergencial nas regiões de Kharkiv, Sumy, Poltava, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Kirovohrad, por causa do ataque massivo dos mísseis russos, que afetou o setor energético do país.
O ministro ucraniano da Energia, German Galushchenkosaid, acrescentou que estavam em vigor medidas preventivas que envolviam o sistema de distribuição. “O inimigo não para de aterrorizar os ucranianos”, acusou Galushchenko.
“Em pleno inverno, o alvo dos russos se mantém inalterado: o nosso sector energético. Entre os alvos estão as infraestruturas de gás e as instalações de energia que garantem uma vida normal à população”, denunciou Zelensky