FRANÇA
Macron diz que acordo com Mercosul não findou, mas agricultores já se mobilizam em protesto
Os agricultores franceses permanecem com o objetivo de impedir que o acordo comercial do bloco europeu com os países sul-americanos entre em vigorPublicado em: 06/01/2025 16:31 | Atualizado em: 06/01/2025 17:20
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Presidente francês, Emmanuel Macron (foto: AURELIEN MORISSARD/POOL/AFP) |
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (6) que o assunto sobre o acordo de livre comércio firmado entre a União Europeia e o Mercosul não está encerrado. “Continuaremos defendendo vigorosamente a consistência de nossos compromissos”, apontou Macron.
Já os agricultores franceses permanecem com o objetivo de impedir que o acordo comercial do bloco europeu com os países sul-americanos Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, entre em vigor. Uma vez que eles o acusam de incentivar a importação de produtos de baixo custo e equiparados com padrões ambientais bem mais reduzidos do que os impostos a eles, além de enfrentarem a falta de renda e as inúmeras normas e burocracias administrativas.
Os representantes dos principais sindicatos do setor ainda reclamam que somente no dia 13 de janeiro serão recebidos pelo o primeiro-ministro François Bayrou, uma data considerada muito distante devido à urgência de suas reivindicações de garantias imediatas. Os sindicatos também dizem que não tiveram até o momento nenhuma resposta concreta para todas as promessas que já foram feitas, como o projeto de lei política agrícola. Este foi adiado pela dissolução da Assembleia Nacional e pelas consecutivas mudanças de governo.
A ministra francesa da Agricultura, Annie Genevard, disse que compreende a preocupação dos agricultores, mas apelou para que a capital não seja bloqueada no primeiro dia de aula depois das férias de Natal. “Eles manifestaram o desejo de bloquear Paris. Não, bloqueiem Paris, principalmente em um dia de volta às aulas, um dia de volta às aulas para os franceses. Nada de bloqueios que comprometam a imagem dos agricultores aos olhos dos franceses. E nada de violência”, advertiu Genevard, se referindo à mobilização dos agricultores em todo o país que se aproximam da capital francesa.
Mas, Genevard anunciou que o texto do projeto de lei política agrícola será um dos primeiros a ser estudado pelo Parlamento após o orçamento. “O trabalho do governo é ouvir essas demandas. É uma prioridade absoluta, inclusive para os agricultores, e a ajuda votada será retroativa”, garantiu a ministra.
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