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GUERRA

Hamas acusa Israel de violar o acordo ao atrasar envio de ajuda humanitária

Segundo dois altos membros do grupo, o governo israelense viola a trégua ao não cumprir o que ficou estipulado em relação à entrada de ajuda em Gaza

Publicado: 29/01/2025 às 12:08

/Foto: MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

/Foto: MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

Nesta quarta-feira (30), o Hamas acusou Israel de atrasar a entrega de ajuda humanitária essencial à Faixa de Gaza e avisou que isso poderá afetar a libertação de reféns.
 
Segundo dois altos membros do grupo, o governo israelense viola a trégua por não estar cumprindo o que ficou estipulado no acordo de cessar-fogo em relação à entrada de ajuda no enclave palestino. “Avisamos que a continuação dos atrasos e a não resolução destes pontos afetarão a progressão natural do acordo, incluindo a troca de prisioneiros”, disseram.
 
Também outro funcionário do Hamas, que falou sob condição de anonimato, indicou que o grupo já pediu a intervenção dos representantes dos países mediadores que participaram nas negociações da trégua para que a situação seja solucionada.
 
O acordo em vigor ainda corresponde à primeira fase do cessar-fogo, que diz respeito à libertação de reféns. Até agora, foram libertadas sete mulheres.
 
Por sua vez, Israel classifica como “fake news” as acusações do Hamas de que a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza está atrasando.
 
Enquanto isso, o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, esteve na Arábia Saudita, no meio de esforços para negociar a segunda e terceira fases do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Witkoff se reuniu em Riade com responsáveis sauditas e palestinos para discutir ainda o governo pós-guerra em Gaza.
 
Mas, o enviado norte-americano já partiu para Tel Aviv, onde se encontrará também com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e com o ministro da Defesa. 
 
A reunião visa dar continuidade à preparação da segunda fase do acordo de cessar-fogo, que deve começar a ser negociado dentro de alguns dias. Witkoff irá, além disso, visitar Gaza antes de seguir para o Cairo.
 
Já o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, declarou hoje que não participará no deslocamento de palestinos, o que seria um “ato de injustiça”, apos o presidente dos EUA, Donald Trump, defender que o Egito e a Jordânia deveriam receber residentes da Faixa de Gaza. Sisi afirmou que seu país irá trabalhar com Trump para alcançar a paz entre Israel e os palestinos com base numa solução de dois estados.
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