° / °

Acervo
ESTADOS UNIDOS

EUA classificam como terrorista o brasileiro que lidera grupo supremacista branco

O grupo transnacional é acusado de organizar ataques em todo o mundo e opera, sobretudo, na plataforma de mensagens digitais Telegram

Publicado: 13/01/2025 às 19:31

O grupo agora é considerado uma organização terrorista/foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

O grupo agora é considerado uma organização terrorista/foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

O grupo agora é considerado uma organização terrorista

Nesta segunda-feira (13), o Departamento de Estado norte-americano colocou o brasileiro Ciro Daniel Amorim Ferreira em sua lista de terroristas, citado como um dos administradores do Terrorgram, um grupo supremacista branco. O grupo transnacional é acusado de organizar ataques em todo o mundo e opera, sobretudo na mídia social e na plataforma de mensagens digitais Telegram. 

 

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o Terrorgram promove o supremacismo branco via internet e incita ataques e uma guerra racial. O grupo agora é considerado uma organização terrorista.

 

“O Terrorgram promove o supremacismo branco violento, incita ataques a adversários potenciais e fornece orientação e materiais de instrução sobre táticas, métodos e alvos para ataques, inclusive contra infraestruturas essenciais e funcionários do governo e glorifica aqueles que realizaram tais ataques. Os Estados Unidos continuam profundamente preocupados com a ameaça global representada pelo extremismo violento motivado por raça ou etnia, e determinados a se opor aos componentes transnacionais do supremacismo branco violento”, diz o comunicado  do Departamento. 

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apesar de estar no final do seu mandato, também se comprometeu na luta contra o racismo e estabeleceu o Terrorgram na mesma categoria que os grupos julgados por jihadismo.

 

O Departamento de Estado também designou três supostos administradores do Terrorgram como terroristas: o brasileiro Ciro Daniel Amorim Ferreira, o croata Noah Licul e o sul-africano Hendrik-Wahl Muller. O governo explicou que Ferreira é um dos administradores de um canal do Terrorgram e reside no Brasil. Já Muller vive na África do Sul e também seria um dos administradores e Licul, que mora na Croácia, seria um membro sênior. “Os três estão sendo designados por serem líderes do Terrorgram", explicou o Departamento de Estado. 

 

 

Movimento de ultradireita

 

Esse movimento de ultradireita, que se organizou nos EUA, usa o aplicativo de mensagens Telegram, do qual tira seu nome, para se comunicar e promover o que classificam de uma “guerra racial”.

 

Segundo o governo, entre os ataques ou tentativas de ataques motivados e facilitados pelo grupo estão um tiroteio em outubro de 2022 em um bar frequentado por homossexuais em Bratislava, capital da Eslováquia, um ataque planejado em julho de 2024 contra instalações de energia em Nova Jersey, nos Estados Unidos, e um ataque com faca em agosto de 2024 em uma mesquita na Turquia. Em setembro de 2024, dois membros do grupo foram presos nos EUA por instigar assassinatos por motivos raciais, assassinato de autoridades e atos de sabotagem de infraestrutura.


Mais de Acervo