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SEGURANÇA

Dinamarca investe dois bilhões de euros na defesa do Ártico

Ministério da Defesa da Dinamarca comunicou que o acordo tem como objetivo melhorar as capacidades de vigilância e manter a soberania na região

Publicado: 28/01/2025 às 15:25

Troels Lund Poulsen, ministro da Defesa da Dinamarca/Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images

Troels Lund Poulsen, ministro da Defesa da Dinamarca/Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images

A Dinamarca anunciou que gastará cerca de dois bilhões de euros para reforçar as suas capacidades militares no Ártico, após o interesse do presidente dos EUA, Donald Trump, em controlar a Groelândia, um território dinamarquês autônomo.
 
O Ministério da Defesa da Dinamarca comunicou que o acordo tem como objetivo melhorar as capacidades de vigilância e manter a soberania na região. “Ao mesmo tempo, o apoio aos esforços dos Aliados e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Ártico e no Atlântico Norte é essencial para reforçar a segurança e a defesa globais”, acrescenta a nota.
 
Como parte do pacote de investimento, a Dinamarca também financiará três novos navios de guerra no Ártico, dois drones de longo alcance com capacidade para efetuar vigilância em grandes áreas e uma maior admissão ao treino militar básico no Ártico.
 
“Temos de enfrentar o fato de existirem sérios desafios em matéria de segurança e defesa no Ártico e no Atlântico Norte. Por esta razão, temos de reforçar a nossa presença na região. É esse o objetivo deste acordo, que abre caminho a novas iniciativas já este ano”, afirmou Troels Lund Poulsen, ministro da Defesa da Dinamarca. 
 
A ministra das Relações Exteriores da Groelândia, Vivian Motzfeldt, declarou que o aumento de financiamento para a defesa do Ártico chega num bom momento, uma vez que a situação de segurança mudou e há que ter isso em conta. “A Groelândia enfrenta um cenário de segurança em mutação”, comentou Motzfeld.
 
O anúncio surge também após a União Europeia ter garantido que não negociar a soberania da Groelândia “Não, não estamos a negociar a questão da Groelândia. Claro que apoiamos o nosso Estado-membro, a Dinamarca, e a sua região autônoma, a Groelândia. Apesar dos EUA serem um aliado importante e a América e a Europa estarem muito interligadas não são como se alguém nos estivesse a dizer o que fazer e nós estivéssemos a seguir”, afirmou Kaja Kallas, chefe da política externa da UE. 
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