Bolívia adere formalmente ao grupo BRICS

O presidente da Bolivia, Luís Arce, anunciou a adesão formal da Bolívia aos BRICS, e ressaltou que a integração dá ao país a oportunidade de impulsionar alguns setores-chave como energia, tecnologia, comércio, indústria transformadora e as finanças sustentáveis.

 

“O nosso Estado Plurinacional da Bolívia se junta formalmente como Estado associado aos BRICS, um bloco importante que representa quase 45% da população mundial. Não só abre novas portas ao nosso país, como nos posiciona para expandirmos e diversificarmos as nossas relações comerciais num mercado vibrante e em crescimento. Num mundo cheio de incertezas devido à transição para uma nova ordem global, fazer parte deste bloco nos permite diversificar e proteger os nossos ativos, nos tornando um ator relevante numa plataforma de investimento em economias emergentes com imenso potencial”, declarou Arce. 

A formalização da entrada da Bolívia aos BRICS foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores Rússia, país que preside o bloco, Serguei Lavrov, à chefe da diplomacia boliviana, Celinda Sosa. "Estou certo de que a decisão histórica de criar esta categoria, tomada no âmbito da Cimeira dos BRICS em Kazan, abrirá uma nova página na história da entidade e será mais um passo no processo de reforço das posições dos países emergentes na cena internacional", disse Lavrov.

A Bolívia solicitou em 2024 a adesão aos BRICS, pedido que foi reiterado por Arce ao presidente russo, Vladimir Putin, em junho, durante uma viagem à Moscou para participar no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.

 

No ano passado, também foi aprovada a adesão de mais seis países, o Egito, Emirados Árabes Unidos, Ira, Etiópia, Arábia Saudita e Argentina. Mas, o governo de Buenos Aires liderado por Javier Milei, posteriormente recusou entrar no bloco de economias emergentes. 

O Brasil, a Rússia, a China e a Índia criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul se juntou em 2010, acrescentando a letra "S" a sigla.