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GUERRA

Ataque israelense no sul do Líbano fere 14 pessoas

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou os ataques durante uma conversa telefônica com o general norte-americano Jasper Jeffers

Publicado: 28/01/2025 às 17:34

Primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati/Foto: AFP

Primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati/Foto: AFP

O Ministério da Saúde do Líbano anunciou hoje que 14 pessoas foram feridas em um ataque das forças de Israel no sul do país, apesar do cessar-fogo em vigor desde final de novembro, que abrange a retirada dos militares israelenses e ainda o recuo do Hezbollah a norte do rio Litani.
 
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou os ataques de Israel no sul do Líbano, durante uma conversa telefônica com o general norte-americano Jasper Jeffers. “O primeiro-ministro libanês apelou também a uma posição firme para garantir que Israel cumpra os seus compromissos”, diz a nota do gabinete de Mikati.
 
A Agência Nacional de Notícias libanesa disse que um drone israelense executou uma ofensiva com mísseis guiados contra um pequeno caminhão que transportava legumes perto da cidade de Nabatieh, a cerca de 10 quilômetros da fronteira com Israel. "No quadro dos contínuos ataques israelenses no sul do Líbano, o inimigo israelense disparou contra militares e cidadãos libaneses na estrada entre Yaron e Marun Al Ras, causando ferimentos a um soldado e a três cidadãos, enquanto o Exército escoltava os residentes que regressavam a cidades da fronteira sul", diz o comunicado do exército libanês.
 
Em contrapartida, o exército israelense embora tenha confirmado o ataque aéreo em Nabatieh, argumentou que o caminhão foi atingido, mas também inúmeros veículos do Hezbollah apos terem sido monitorizados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) durante a transferência de armas.
 
Já o exército libanês destacou hoje diversas unidades para várias cidades do sudoeste do país e outras zonas fronteiriças. O prazo da retirada das forças israelenses do Líbano foi prorrogado até 18 de fevereiro, conforme anunciou os Estados Unidos, que fazem parte do comitê de acompanhamento da trégua.
 
Nos termos do acordo somente o exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU poderão permanecer no sul do Líbano, mas os militares israelitas continuam presentes em pelo menos oito locais da região.
 
O governo de Tel Aviv alega que o exército libanês ainda não ocupou devidamente as zonas que devem ficar sob o seu controle.
 
No domingo, após o primeiro acordo ter expirado, o exército israelita matou 24 pessoas e feriu outras 134, quando centenas de pessoas tentavam regressar às suas casas no sul do Líbano.
 
Na segunda-feira, as forças militares israelenses mataram duas pessoas e feriram outras 26 nas mesmas circunstâncias, segundo o Ministério da Saúde Pública libanês.
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