GEÓRGIA
Presidente da Geórgia é empossado em meio à crise política no país
Mikhail Kavelashvili é conhecido pelas suas opiniões ultraconservadoras e anti-OcidentePublicado em: 30/12/2024 13:51
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Novo presidente da Geórgia, Mikhail Kavelashvili (foto: Irakli Gedenidze / POOL / AFP) |
O novo presidente da Geórgia, Mikhail Kavelashvili, tomou posse no domingo (29), após uma inédita eleição por um Colégio Eleitoral, boicotada pela oposição e que ameaça prender a ex-líder, Salome Zurabishvili que se afirma como a legítima dirigente.
O político e ex-jogador de futebol, do partido Sonho Georgiano pró-russo, é conhecido pelas suas opiniões ultraconservadoras e anti-Ocidente. "A nossa história mostra claramente que, após inúmeras lutas para defender a nossa pátria e as nossas tradições, a paz foi sempre um dos principais objetivos é um dos principais valores do povo georgiano. Apelo respeito pelas tradições, valores, identidade nacional, a santidade da família e da fé do país", declarou Kavelashvili, durante o seu discurso de posse no parlamento, em Tbilissi, na capital.
Antes da cerimônia, Zurabishvili saiu do palácio presidencial, após se negar a transferir o poder, assegurando ser a única presidente legítima do país, uma vez que considera a vitória fraudulenta nas eleições realizadas em outubro. Ela se juntou às duas mil pessoas que se manifestaram em frente ao Palácio Orbeliani em protesto.
Desde o fim das eleições, a Geórgia enfrenta protestos violentos que abalam o país há semanas. Em novembro, o partido Sonho Georgiano também suspendeu as negociações para a adesão do país candidato à União Europeia (UE).
Na semana passada, o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, ainda alertou que Salome Zurabishvili pode acabar atrás das grades se não deixar o poder após o término de seu mandato.
No sábado, os partidos da oposição pediram à comunidade internacional para que não reconheça os resultados das eleições de 26 de outubro e rejeitem a legitimidade de Kavelashvili. Além disso, no mesmo dia milhares de manifestantes pró-europeus voltaram a protestar em Tbilissi contra a posse e exigindo a libertação dos detidos nas manifestações anteriores e apelando à realização de novas eleições.
Kavelashvili foi eleito por um colégio eleitoral, que incluiu deputados e representantes dos governos locais. Ele é o sexto presidente na história da Geórgia desde a sua independência da antiga União Soviética em 1991.
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