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ORIENTE MÉDIO

Israel aumenta força militar nos montes Golã e ataca depósito de armas químicas na Síria

As autoridades israelenses alegam que há um perigo potencial para o seu país causado pelo controle de governantes desconhecidos em Damasco

Publicado: 09/12/2024 às 15:57

Ministro da Defesa, Israel Katz/foto: AFP

Ministro da Defesa, Israel Katz/foto: AFP

Ministro da Defesa, Israel Katz

As forças de Israel reforçaram a presença militar nos montes Golã na fronteira com a Síria e garantiu ter tomado uma zona tampão nessa região, violando um acordo com mais de 50 anos. De acordo o gabinete do ministro da Defesa, Israel Katz, foi confirmado hoje à tomada do lado sírio do ponto alto estratégico do Monte Hermon, que se situa especificamente na fronteira entre a Síria, o Líbano e os Montes Golã, que Israel incorporou durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, antes de anexá-lo formalmente em 1981.

 

Segundo o governo de Tel Aviv, a ordem se deve para prevenir qualquer ataque a partir do território e estabelecer uma área de segurança na Síria, para além dos Montes Golã ocupados por Israel. As autoridades israelenses alegam que há um perigo potencial para o seu país causado pelo controle de governantes desconhecidos em Damasco, após a queda da ditadura de Bashar al-Assad. “Livre de armas estratégicas pesadas e de infraestruturas terroristas”, acrescentou o gabinete da Defesa.

 

Katz ainda ordenou às tropas israelenses que realizassem contato com a população local na zona e impedissem o contrabando de armas do Irã para o Líbano através da Síria. “As forças armadas israelenses vão continuar as operações de destruição de armas estratégicas pesadas em toda a Síria”, diz o comunicado do seu gabinete.

 

Israel também confirmou que atacou um depósito de armas químicas na Síria. 

 

Por outro lado, o Egito já condenou o prolongamento da ocupação de parte do território sírio por Israel e mencionou o aproveitamento da situação de instabilidade em que vive no país. “A deslocação de militares para a zona tampão é uma tentativa de forçar uma nova realidade no terreno”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores egípcio.

 

Já os países membros da União Europeia apelam que a transição de poder na Síria seja pacífica e ordenada.

 

O Reino Unido, por sua vez, se comprometeu nesta segunda-feira (9), a ter um papel mais presente e consistente no Oriente Médio, com o objetivo de apoiar a estabilidade da região a longo prazo. “A estabilidade do Oriente Médio é primordial para garantir uma base de segurança no nosso país”, enfatizou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, durante sua primeira visita à região.

 

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