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Exército sírio faz ofensiva contra milícias que se aproximam da capital do país
Operação usou ataques aéreos que conseguiram conter a ofensiva de milícias jihadistas
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 04/12/2024 14:13
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| Fumaça sobe na cidade síria de Suran, entre Aleppo e Hama (Foto: BAKR ALKASEM/AFP ) |
O exército sírio realizou hoje uma ampla operação para expulsar os grupos rebeldes islâmicos que já chegaram aos arredores de Hama, ao norte da capital Damasco. A ofensiva militar usou ataques aéreos que conseguiram conter a ofensiva de milícias jihadistas, formada em grande parte e liderada pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al Sham (Assembleia para a Libertação do Levante) além de outras facções aliadas.
Segundo a imprensa estatal e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), sediado no Reino Unido, violentos combates eclodiram na colina de Zine el Abidine, localizada 5 quilômetros a nordeste de Hama.
Depois de anos de estagnação na guerra civil na Síria, a retomada da escalada nos territórios dominados pelo regime do presidente Bashar al-Assad teve inicio na semana passada no norte do país. Os combatentes dos radicais islâmicos contra as forças militares governamentais tomaram Alepo, a segunda maior cidade do país.
Os grupos jihadistas, além disso, são opositores aos grupos curdos, que também lutam contra as forças do governo, com combates registrados entre eles. No entanto, relatos de residentes de Aleppo indicam que, ao menos neste momento inicial de ofensiva, os territórios curdos ainda não foram invadidos.
O exército sírio vem sendo forçado a se reposicionar nas regiões do norte apos a queda de Alepo e a ofensiva preocupada os aliados de Assad, como a Rússia e o Irã, que prometeu apoiar o governo sírio. Moscou já disse que a "agressão terrorista" contra a Síria deve acabar o mais rapidamente possível.
Também cerca de 300 membros de milícias do Iraque, apoiadas pelo Irã, já estão na Síria desde domingo para ajudar o governo a combater os rebeldes.
Os combates no norte da Síria deixaram até o momento mais de 704 mortos desde o começo da ofensiva, sendo 110 civis, entre os quais, o premiado fotógrafo sírio, Anas Alkharboutli, de 32 anos, da agência alemã DPA. Desde o início dos ataques, outros três jornalistas locais foram mortos, segundo as autoridades do reduto rebelde de Idlib. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (OCHA) para o norte da Síria registrou que mais de 48.500 mil pessoas estão deslocadas das províncias sírias de Idlib e Alepo devido ao conflito.
O HTS é considerado uma organização terrorista pelo governo de Assad e seus aliados, assim como pelos Estados Unidos e as Nações Unidas. Segundo as informações divulgadas pela agencia norte-americana CIA, a organização visa unificar os grupos jihadistas anti-Assad sob uma mesma bandeira, consolidar o poder na região de Idlib e substituir o governo nacional por um Estado teocrático de orientação islâmica sunita.
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