Rain25° / 27° C

MIGRAÇÃO

Aos gritos de "não somos criminosos", migrantes deixam o México rumo à fronteira dos EUA

Segundo o governo de Joe Biden, as travessias ilegais caíram de 250 mil em dezembro de 2023 para quase 54 mil em setembro de 2024
Por: AFP

Publicado em: 05/11/2024 20:48 | Atualizado em: 05/11/2024 20:49

Eleições presidenciais nos EUA podem definir futuro dos migrantes  (foto: Isaac GUZMAN / AFP)
Eleições presidenciais nos EUA podem definir futuro dos migrantes (foto: Isaac GUZMAN / AFP)

Aos gritos de "Não somos criminosos!", centenas de migrantes vindos de vários países latino-americanos deixaram o estado mexicano de Chiapas rumo à fronteira dos Estados Unidos, onde o resultado das eleições presidenciais pode definir seu futuro.

 

“Não somos criminosos, somos trabalhadores internacionais”, diziam os viajantes durante a caminhada, que avançou por quilômetros em uma estrada. Entre eles, havia mulheres com crianças de colo.

 

Os migrantes costumam organizar mobilizações desse tipo para pressionar pela entrega de documentos que lhes permitam avançar pelo território mexicano sem o medo de serem deportados. Também o fazem para estarem acompanhados e reduzir o risco de ataques de criminosos, mas se dispersam ao longo do trajeto.

 

 

 

As mobilizações atuais, no entanto, diferem das grandes caravanas que alcançaram a fronteira em 2018. "Que tudo seja para o bem", disse a venezuelana Johanna Pabón, referindo-se às eleições americanas. Segundo ela, os migrantes estão com o partido que os "apoie".

 

Johanna quer chegar à Cidade do México para agendar uma entrevista por meio do aplicativo CBP One, habilitado pelos Estados Unidos, e obter asilo. Muitos migrantes passaram a optar pelo aplicativo, diante do endurecimento das políticas migratórias, da ameaça de Trump de realizar a maior deportação da história americana, e para evitar os riscos de cruzar a fronteira sem documentos.

 

As travessias ilegais caíram de 250 mil em dezembro de 2023 para quase 54 mil em setembro de 2024, segundo o governo de Joe Biden.

Mais notícias