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Trump e Kamala se reúnem em Nova York para aniversário do 11/09 após debate pungente

Um novo debate não está descartado
Por: AFP

Publicado em: 11/09/2024 13:36

Donald Trump e Kamala estão em Nova Iorque em homenagem aos mortos do atentado de 11 de setembro (Crédito: MICHAEL M. SANTIAGO / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
Donald Trump e Kamala estão em Nova Iorque em homenagem aos mortos do atentado de 11 de setembro (Crédito: MICHAEL M. SANTIAGO / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)

Kamala Harris e Donald Trump trocaram um aperto de mãos durante a cerimônia do aniversário do 11 de Setembro, em Nova York, sob o olhar do presidente Joe Biden, após um debate em que a democrata encurralou o republicano. 

 

Foi uma saudação cordial. Como ocorre todos os anos, os nomes das cerca de 3.000 pessoas mortas nos ataques perpetrados pelo grupo Al-Qaeda em 2001 foram lidos durante um evento em sua memória, que contou com a presença do ex-prefeito de Nova York, o milionário Michael Bloomberg. 

 

O primeiro aperto de mãos ocorreu na noite de terça-feira, durante um debate na Filadélfia, cidade do estado da Pensilvânia, um dos seis ou sete que decidirão o resultado das eleições de 5 de novembro. Harris retornará ao estado e depois irá para a Carolina do Norte, enquanto seu rival viajará para Arizona e Nevada.

 

Nesta disputa pela Casa Branca, a candidata democrata conta com o apoio de Taylor Swift, cantora com milhões de seguidores que a elogiou como uma "líder talentosa e forte".

 

Um endosso com possíveis efeitos entre os eleitores mais jovens, que exasperou Trump.

 

"Eu não era fã de Taylor Swift (...) Ela é muito liberal. Parece que ela sempre apoia os democratas e provavelmente pagará por isso com suas vendas no mercado", declarou melancolicamente o republicano à rede Fox News.

 

DEFENSIVA

 

Na Filadélfia, Kamala e Trump debateram as principais questões que preocupam os americanos, em particular o direito ao aborto, a imigração e a economia.

 

A vice-presidente, de 59 anos, levou o rival, de 78 anos, ao limite. Primeiro, ela mencionou as situações angustiantes das mulheres que vivem em estados que restringiram severamente o direito ao aborto. 

 

Depois, ela ironizou os comícios de Trump e afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, "já estaria sentado em Kiev, olhando para o resto da Europa, começando pela Polônia" se Trump estivesse na Casa Branca.

 

Visivelmente irritado, o republicano acusou a democrata de ter "copiado" o programa econômico do atual presidente, Joe Biden, e de ter permitido que "milhões de pessoas" entrassem nos Estados Unidos procedentes de "prisões, instituições psiquiátricas" do exterior. 

 

Nesta quarta-feira, Trump afirmou na Fox News que o debate foi "manipulado" contra ele. "Você vê pelo fato de que estavam corrigindo tudo, mas não a corrigiam", protestou.

 

No debate, Trump repetiu várias mentiras, incluindo o boato, desmentido pelas autoridades, de que os migrantes comem "animais de estimação" em uma cidade de Ohio.

 

IMPACTO

 

"Talvez não mude muito as pesquisas", atualmente empatadas, a oito semanas das eleições, disse Julian Zelizer, professor da Universidade de Princeton. "Mas ela o empurrou para o tipo de discurso que ilustra o caos que ele trouxe para o cenário político".

 

Durante décadas, os debates permitiam que um candidato se distinguisse do seu rival, mas não afetaram consideravelmente a campanha.

 

Mas o cenário mudou em junho, quando o péssimo desempenho do presidente Biden precipitou sua desistência da reeleição, anunciada em 21 de julho, quando passou o bastão para sua vice-presidente, em uma das grandes mudanças da história política americana contemporânea.

 

Um novo debate não está descartado, já que a candidata democrata desafiou o seu rival republicano para debater pela segunda vez.

 

Um debate entre os candidatos à vice-presidência, o democrata Tim Walz e o republicano JD Vance, está programado para 1º de outubro em Nova York. 

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