GUERRA
ONU vota hoje fim da ocupação de Israel em territórios palestinos
O projeto de resolução %u2018exige%u2019 a retirada das forças israelenses
Publicado em: 18/09/2024 13:41
Israel já rejeitou veementemente a resolução (Créditos: AFP) |
Nesta quarta-feira (18), os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) votarão votar um pedido para o fim da ocupação israelita dos territórios palestinos dentro de 12 meses. “Israel tem a obrigação de pôr termo à sua presença ilegal no território Palestino Ocupado o mais rapidamente possível”, diz o documento solicitado pela Assembleia Geral da ONU.
O projeto de resolução ‘exige’ a retirada das forças israelenses dos territórios palestinos, a suspensão de novos assentamentos de colonos, a devolução de terras e propriedades confiscadas e a possibilidade do regresso dos palestinos deslocados. A resolução ainda apelará para que sejam tomadas medidas que cesse o fornecimento de armas a Israel, enquanto houver suspeitas de que possam ser usadas nos territórios palestinos ocupados.
Os países árabes se mobilizaram e convocaram uma sessão especial nas Nações Unidas, poucos dias antes dessa votação na Assembleia Geral da organização este ano. "A ideia é usar a pressão da comunidade internacional na Assembleia Geral e a pressão da decisão histórica do Tribunal Internacional de Justiça para forçar Israel a mudar o seu comportamento", adiantou Riyad Mansour, embaixador palestino na ONU.
Em contrapartida, Israel já rejeitou veementemente a resolução. "Aqueles que contribuem para este circo não são simplesmente espectadores. Vocês são participantes, facilitadores e colaboradores. Cada voto que dão em apoio deste circo alimenta a violência", acusou o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.
A embaixadora dos Estados Unidos na organização, Linda Thomas-Greenfield, também condenou o projeto de resolução e o chamou de "inflamatório". “Não vai promover a paz. Também não reconhece, entre outras coisas, que o Hamas, uma organização terrorista, está atualmente exercendo poder, controle e influência na Faixa de Gaza", assinalou.