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Seis ministros ucranianos se demitem e Zelensky visa reestruturar o governo
O ministro das Relações Exteriores do país apresentou a sua demissão em uma carta dirigida ao parlamento da Ucrânia nesta quarta-feira (04)
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 04/09/2024 14:45
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| Dmytro Kuleba, ex-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia (Foto: Genya SAVILOV / AFP) |
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, apresentou hoje a sua demissão, em uma carta dirigida ao parlamento do país, que será formalizada em uma votação durante uma reunião parlamentar nos próximos dias. Kuleba ocupava a chancelaria desde 2020 e liderava a diplomacia ucraniana durante a guerra.
Sua demissão acontece apos a vice-primeira-ministra Olha Stefanishyna além dos ministros da Justiça, das Indústrias Estratégicas, do Ambiente e da Reintegração também terem apresentado a demissão na terça-feira (3), juntamente com o diretor do Fundo de Propriedade do Estado.
Enquanto isso está previsto que presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky faça modificações estruturais em mais da metade do seu governo. "Tal como prometido, esta semana podemos esperar uma mudança importante no Governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações", anunciou David Arajamia, porta-voz do partido do líder ucraniano.
A presidência ainda exonerou o chefe de gabinete adjunto responsável pela economia, Rostyslav Shurma. Aproximadamente um terço dos lugares no Executivo ucraniano está atualmente vago.
"O outono será extremamente importante para a Ucrânia. E as nossas instituições estatais devem ser configuradas para que a Ucrânia alcance todos os resultados de que precisamos para todos nós. Para isso é necessário reforçar algumas áreas do Governo e que foram preparadas alterações na sua composição, havendo igualmente mudanças no gabinete do presidente", afirmou Ruslan Stefanchuk, presidente do Parlamento.
Na semana passada, Zelensky já havia sinalizado a intenção de uma grande reformulação no Governo.
A mudança estrutural acontece num momento crítico da guerra contra as forças russas, que avançam cada vez mais na frente oriental. Apesar das forças ucranianas terem o controle de parte da província russa de Kursk, as tropas de Moscou continuam a progredir na frente de Donetsk, no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo em que os seus mísseis aéreos atingem inúmeras infraestruturas energéticas do país, antes da chegada do inverno.
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu hoje que às mudanças no Governo da Ucrânia não influenciarão de modo algum as perspectivas de um processo de negociação entre os dois países.
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