GUERRA
Kremlin diz que estudará plano de vitória de Zelensky, que será apresentado aos EUA
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, anunciou que o país não participará de nenhuma cúpula de paz para a Ucrânia
Publicado em: 23/09/2024 13:05 | Atualizado em: 23/09/2024 13:09
Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP |
A Rússia assinalou hoje que se encontra disponível para analisar o chamado "plano de vitória" que o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que apresentará esta semana durante a sua visita aos Estados Unidos ao presidente norte-americano, Joe Biden, e aos candidatos as eleições Kamala Harris e Donald Trump.
"Quando houver qualquer informação através de meios oficiais, nós, naturalmente, iremos estudá-la cuidadosamente. Mas, por enquanto, os meios de comunicação social têm divulgado informações contraditórias sobre o conteúdo do plano de Kiev”, declarou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
No entanto, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, anunciou recentemente que a Rússia não participará de nenhuma cúpula de paz para a Ucrânia que se baseie na fórmula proposta por Zelensky.
“Este processo nada tem em comum com a procura de soluções. Mas, Moscou não rejeita uma solução político-diplomática para a crise que se baseie nas condições propostas em meados de junho pelo presidente russo, Vladimir Putin", afirmou a porta-voz da diplomacia russa.
Putin propôs que Kiev retirasse as suas tropas das quatro regiões anexadas pela Rússia (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) e renunciasse aos seus planos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte, em troca de um cessar-fogo imediato e do início de negociações de paz.
De acordo com mídia global, o plano inclui garantias de segurança; um programa de assistência econômica; o compromisso de futuros fornecimentos de armas, incluindo mísseis de longo alcance; e a pressão diplomática para que a Rússia aceite sentar-se e negociar uma solução pacífica para o conflito.
Já para os analistas internacionais, a Rússia não avançará para possíveis negociações de paz com a Ucrânia até expulsar definitivamente as tropas ucranianas da região fronteiriça russa de Kursk, onde entraram no inicio de agosto e assumiram o controle de cerca de uma centena de localidades.
Em sua viagem aos EUA, Zelensky também vai participar e discursar na reunião anual da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.