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EUA processam líderes do Hamas por terrorismo
Processo foi aberto contra seis líderes do Hamas, incluindo Yahya Sinouar, considerado o mentor do ataque de 7 de outubro
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 04/09/2024 11:18
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| Foto: Robert Linder/Unsplash |
A Justiça dos Estados Unidos revelou que abriu um processo por uma série de crimes por terrorismo contra seis líderes do Hamas, incluindo Yahya Sinouar, considerado o mentor do ataque de 7 de outubro a Israel e ainda o ex-líder político Ismail Haniyeh, assassinado em julho no Irã.
Além de Haniyeh, outros dois acusados, Mohammed Deif e Marwan Issa, de acordo com as autoridades israelenses, já morreram na Faixa de Gaza. Os outros são Yahya Sinwar, o atual líder político do Hamas, Khaled Meshaal e Ali Baraka.
Nos documentos judiciais divulgados consta também um pedido de detenção dos integrantes do grupo, que são acusados de conspirar para proporcionar apoio material para atos terroristas resultantes em morte, de financiar o terrorismo e conspirar para matar cidadãos norte-americanos entre outras incriminações.
“A acusação tem como alvo Yahya Sinouar e outros altos dirigentes do Hamas por planejarem a campanha de violência e terror em massa desta organização terrorista, incluindo o do dia 07 de outubro. Nos seus ataques das últimas três décadas, o Hamas assassinou e feriu milhares de civis, incluindo dezenas de cidadãos norte-americanos. No último fim de semana, soubemos que o Hamas assassinou seis mais seis reféns, incluindo Hersh Goldberg-Polin, um israelense-americano de 23 anos. As acusações divulgadas são apenas uma parte do nosso esforço para atingir todos os aspetos das operações do Hamas. Estas ações não serão as últimas”, disse o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland.
Também, segundo uma fonte do Departamento de Justiça norte-americano, que falou à agência France-Presse (AFP) sob a condição de anonimato, a não publicação inicial das acusações pretendia permitir que os EUA estivessem preparados para deter o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assim como outros acusados. “Após a morte de Haniyeh e outros acontecimentos recentes na região, deixou de haver necessidade de manter estes procedimentos confidenciais”, acrescentou.
Já o diretor da polícia federal dos EUA (FBI), Christopher Wray, declarou que desde que o ataque de 7 de outubro, o FBI trabalhou para identificar e processar os responsáveis por estes crimes atrozes. “O FBI investigou incansavelmente estes ataques contra civis, incluindo americanos, e continuará a fazê-lo”, afirmou.
O ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, e resultou na morte de 1.205 pessoas, a maioria de civis.
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