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Dois funcionários da ONU entre os mortos nos ataques israelenses ao Líbano

Guterres fez duras criticas ao nível de impunidade

Publicado em: 24/09/2024 14:19

Ondas de fumaça após um ataque aéreo israelense que teve como alvo a vila de Abbasiyeh, no sul do Líbano (Créditos: KAWNAT HAJU / AFP)
Ondas de fumaça após um ataque aéreo israelense que teve como alvo a vila de Abbasiyeh, no sul do Líbano (Créditos: KAWNAT HAJU / AFP)

Nesta terça- feira (24), o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo GRandi, comunicou que  dois funcionários  da ONU estão entre as 558 vítimas mortais dos ataques aéreos israelenses no Líbano.

 

O chefe da ACNUR acusa Israel de estar tirando a vida a centenas de civis. Grandi disse que enviou suas sinceras condolências às famílias e amigos das vítimas.

 

Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, avisou que o mundo não se pode dar ao luxo que o Líbano se torne numa nova Gaza, em seu discurso de abertura do Debate da sessão da Assembleia Geral da organização, que acontece em Nova Iorque, EUA. 

 

"O Líbano está à beira do precipício. O povo do Líbano, o povo de Israel e o povo de todo o mundo não se podem dar ao luxo que o Líbano se torne numa nova Gaza", enfatizou.

 

Guterres, além disso, fez duras criticas ao nível de impunidade, que considera politicamente indefensável e moralmente intolerável praticado por um número crescente de governos em todo o mundo, desde o "Oriente Médio" até o coração da Europa ou na África.

 

“O mundo atual esta num estado insustentável, onde guerras ocorrem sem nenhuma pista de como terminarão e a postura nuclear e novas armas lançam uma sombra escura sobre o planeta.Estamos caminhando em direção ao inimaginável, um barril de pólvora que corre o risco de engolir tudo", afirmou o líder das Nações Unidas.

 

Por sua vez, o primeiro-ministro do Libano, Najib Mikati, também denunciou um "plano de destruição" contra seu país, onde as escolas precisaram ainda permanecer fechadas hoje com a onda das ofensivas.

 

Enquanto isso, o chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, adiantou que o exército israelense vai aumentar a ofensiva contra o território libanês. "O Hezbollah não deve ter trégua. Vamos acelerar as operações ofensivas hoje", indicou.

 

Israel já alertou que o centro da operação militar em Gaza estava indo em direção ao norte, para permitir o retorno da sua população que mora e foi deslocada dessa região do território do país. 

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