ONU
Assembleia da ONU aprova fim da ocupação de Israel nos territórios palestinos
Estados Unidos votou contra a resolução
Publicado em: 19/09/2024 10:59
O texto ainda apela que os membros da ONU tomem medidas para impedir as importações provenientes dos assentamentos (Créditos: AFP) |
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a resolução não vinculativa que exige o fim da ocupação israelense dos territórios palestinos ocupados dentro de um prazo de 12 meses. O documento foi aprovado com 124 votos a favor, 14 votos contra e 43 abstenções.
Os votos contra a resolução foram dos Estados Unidos, Argentina, República Checa, Fiji, Hungria, Israel, Malauí, Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné, Paraguai, Tonga e Tuvalu. Dos membros permanentes do Conselho de Segurança, China, França e Rússia votaram a favor da resolução, enquanto o Reino Unido se absteve.
O documento seguiu o parecer do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), de julho, que analisou a ocupação desde 1967 e considerou que permanência de Israel ilegal. “Israel tem a obrigação de pôr fim a isso o mais rápido possível", diz a resolução.
Além disso, obriga cessar os novos assentamentos, a restituição de terras e propriedades confiscadas e a possibilidade de regresso dos palestinos deslocados. O texto ainda apela que os membros da ONU tomem medidas para impedir as importações provenientes dos assentamentos e o fornecimento de armas a Israel se houver motivos "razoáveis" para acreditar que elas poderão ser usadas nos territórios palestinos. Também pede que sejam aprovadas sanções contra pessoas que participam e mantém a presença ilícita das forças israelenses nos territórios ocupados.
Por outro lado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, declarou que a resolução é tendenciosa e repleta de cinismo. “O teatro político que leva o nome de Assembleia Geral aprovou uma decisão tendenciosa que está desligada da realidade, encoraja o terrorismo e prejudica as possibilidades de paz. É este o rosto do cinismo na política internacional", acusou o comunicado do governo de Tel Aviv.
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