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Após ataque a base militar, Colômbia suspende processo de paz com guerrilha do país

O atentado matou dois soldados

Publicado em: 18/09/2024 10:53 | Atualizado em: 18/09/2024 11:15

Caminhão usado em um ataque atribuído a guerrilheiros do ELN contra uma base militar em Puerto Jordán  (Créditos: Colombian Army / AFP
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Caminhão usado em um ataque atribuído a guerrilheiros do ELN contra uma base militar em Puerto Jordán (Créditos: Colombian Army / AFP )

O presidente da Colômbia Gustavo Petro declarou que o ataque contra uma base militar de Puerto Jordán, em Arauca, atribuído à guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), é uma ação que praticamente encerra o processo de paz, com sangue. O atentado matou dois soldados e deixou 27 feridos.

"As consequências das ações e do fluxo da história nos trazem um acontecimento dramático e repetido nos nossos últimos anos. Um caminhão carregado de explosivos, de acordo com os dados que disponho, foram colocados pelo ELN com quem estávamos em conversações de paz. E é como um futuro eterno, silenciando uma parte do povo e continuando em guerras, matando-se uma e outra vez como se esta fosse a nossa história", disse Petro.

“Uma mesa de negociações não pode continuar no meio do sangue dos nossos soldados feridos, da população civil. O ELN não entendeu a mensagem, perdeu uma oportunidade histórica de negociar a paz; insiste na violência, insiste em prejudicar os colombianos", completou Juan Fernando Cristo, ministro do Interior colombiano.

O Ministério da Defesa da Colômbia comunicou que o dispositivo militar e médico continuam a transportar o pessoal fardado ferido após o ataque terrorista. As autoridades acrescentaram que 18 dos feridos foram transferidos para a capital, Bogotá, enquanto os demais permanecem recebendo cuidados nas unidades de saúde em Tame, Yopal e Arauca. 

“Vinte dos feridos foram atingidos por estilhaços de explosões e sete ficaram gravemente feridos, após a base ter sido atacada com engenhos explosivos improvisados lançados de um caminhão. Este ataque terrorista, atribuído ao grupo armado organizado ELN ocorreu perto de uma escola, que pôs em risco a vida de menores, e constitui uma flagrante violação dos direitos humanos e uma grave violação do direito humanitário internacional", relatou o ministério.

O governo colombiano e o ELN iniciaram conversações de paz em novembro de 2022. Mas o principal sucesso do diálogo, um cessar-fogo bilateral que vigorou durante um ano, terminou sem umnovo acordo em agosto passado, com a guerrilha retomando os ataques.

No último domingo, dois soldados também morreram numa zona rural de Tame, num atentado atribuído ao ELN que os atingiu enquanto estavam num posto de controle.
A guerrilha ainda atacou recentemente os oleodutos Caño Limón-Coveñas e Bicentenário, dois dos mais importantes do país.

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