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GUERRA

Aliados do Ocidente anunciam novos pacotes de ajuda à Ucrânia

Comissão Europeia comunicou um fornecimento adicional de 40 milhões de euros para ajudar os ucranianos a se prepararem para o inverno

Publicado em: 06/09/2024 15:43

 (Foto: MANDEL NGAN / AFP
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Foto: MANDEL NGAN / AFP
Na reunião do chamado grupo Ramstein, na Alemanha, que agrupa as nações aliadas do ocidente que fornecem armas a Kiev, os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda no valor de 250 milhões de dólares em assistência à segurança na Ucrânia.
 
A Comissão Europeia também comunicou um fornecimento adicional de 40 milhões de euros para ajudar os ucranianos a se preparar para o inverno diante dos recentes e massivos ataques russos contra infraestruturas de energia.
 
No entanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou aos aliados para que findem as restrições aos ataques de longo alcance na Rússia. O líder ucraniano, que pela primeira vez se juntou à reunião de ministros da Defesa na base aérea norte-americana de Ramstein, insistiu que é necessário acabar com as ‘linhas vermelhas’ da guerra e permitir ao seu país atacar território russo. “Precisamos ter estas capacidades de longo alcance não só no território da Ucrânia, mas também no território russo, para que a Rússia se sinta motivada a procurar a paz. O mundo tem sistemas de defesa aérea suficiente para garantir que o terror russo não tenha resultados e peço que sejam mais ativos nesse trabalho conosco em matéria de defesa aérea", reforçou.
 
Zelensky acrescentou que cerca de seis mil soldados russos foram mortos durante a invasão da Ucrânia na região russa de Kursk e que as forças da Ucrânia controlam uma parte significativa da região, cobrindo mais de 1.300 quilômetros quadrados.
 
Mas, o secretário da Defesa norte-americano EUA, Lloyd Austin, recusou o pedido da Ucrânia e disse que nenhuma arma seria capaz de alterar o jogo ou mudar o curso da guerra. Washington tem demonstrado cautela em relação a eliminar estas restrições devido à preocupação de permitir que as armas americanas em solo russo possam agravar mais o conflito.
 
Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, no encontro com Zelensky, reiterou o seu apoio. “A Alemanha é e continuará a ser o mais forte apoiador da Ucrânia na Europa. Apoiaremos Kiev durante o tempo que for necessário”, enfatizou. O Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, avançou que vão fornecer mais armas a Kiev, precisamente morteiros, provenientes da indústria e não dos stocks militares do país.
 
O Reino Unido, por sua vez, declarou o prolongamento do seu programa de formação de soldados ucranianos em seu país até ao final de 2025. A decisão, tomada juntamente com Zelensky e outros aliados na reunião do grupo de Ramstein em defesa da Ucrânia, estendeu a operação Interflex, que já formou mais de 45 mil efetivos ucranianos desde a invasão russa em 2022.
 
O secretário da Defesa britânico, John Healey, destacou que esta prorrogação reflete o forte empenho do Reino Unido em apoiar os esforços de defesa da Ucrânia. Além disso, Healey anunciou um pacote de defesa aérea, avaliado em 162 milhões de libras (cerca de 192 milhões de euros). “A segurança do Reino Unido e da Europa começa na Ucrânia”, apontou.
 Enquanto isso, o Departamento de Justiça dos EUA investiga vários influenciadores norte-americanos. A investigação acontece após terem sido divulgados dados sobre um influencer que pode ter recebido milhões de euros do Kremlin para divulgar opiniões pró-Rússia. 
 
Por outro lado, Moscou acusou a Casa Branca de exercer uma pressão inaceitável sobre os meios de comunicação social russos, depois do Departamento de Justiça norte-americano ter acusado Dimitri Simes, colaborador de uma televisão russa sediada no estado da Virgínia, e a mulher de terem usado esquemas para violar as sanções norte-americanas. 
 
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Washington tenta garantir que a perspectiva da Rússia sobre os assuntos mundiais não esteja disponível para as pessoas.
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