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Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre ataque à central nuclear
Governo ucraniano foi acusado de atacar a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, que é atualmente controlada pela Rússia
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 12/08/2024 13:38
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| Foto: Sergei SUPINSKY/AFP |
A agência nuclear russa Rosatom acusou hoje o governo ucraniano de atacar deliberadamente a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, que é atualmente controlada pela Rússia. Por sua vez, Kiev insiste que foi Moscou que causou o incêndio deflagrado. Mas, a Rosatom informou que não existe um potencial risco de radioatividade, apesar de que a torre que arrefece a usina nuclear pode precisar ser substituída.
Tropas de Kiev avançam em território russo
Enquanto isso, nesta segunda-feira, Moscou também anunciou a retirada de pelo menos 14 mil habitantes de uma área da região de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, devido aos ataques das forças ucranianas, incluindo a grande incursão surpresa na região vizinha de Kursk, que ocorre desde a semana passada.
"Parece uma manhã alarmante para nós. Há atividade inimiga na fronteira da zona de Krasnoyaruzhsky. Para a segurança das vidas e da saúde da nossa população, estamos começando a transferir os residentes desta zona para locais mais seguros”, comunicou ", disse o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.
Em Kurk, o governador da região, Alexey Smirnov, disse que avisou ao presidente russo, Vladimir Putin, que as tropas de Kiev usam armas químicas na incursão, sobretudo no distrito de Belovsky, e que os inimigos controlam 28 localidades na cidade fronteiriça, tendo adentrado 12 quilômetros em território russo. Putin já sugeriu que não está disposto a avançar com negociações de paz e denunciou a Ucrânia de atacar civis, além de assegurar que vai responder a esta intensa ofensiva em seu território e esmagá-los. “A Ucrânia desestabiliza ainda mais as regiões fronteiriças e tenta intimidar a sociedade russa”, afirmou.
O exército da Rússia enfrenta uma operação de grande escala dos ucranianos, em uma incursão armada sem precedentes com a participação de milhares de soldados.
Já o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, enviou reforços militares para a região e reiterou que a guerra da Rússia não é contra a Ucrânia, mas sim contra o Ocidente coletivo, liderado pelos Estados Unidos e seus aliados.
Por outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, agradeceu aos soldados que ajudam a conduzir a guerra ao território do agressor, sem mencionar, no entanto, a incursão ucraniana em Kursk.
Para o Instituto para o Estudo da Guerra, Putin e o comando militar russo provavelmente avaliaram incorretamente a capacidade de a Ucrânia atacar e conseguir uma “surpresa operacional” como a que acontece em seu terreno e que já levou a Rússia a evacuar duas regiões.
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