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GRÉCIA

Pelo terceiro dia consecutivo incêndio ainda atinge arredores de Atenas

O Ministério da Saúde da Grécia comunicou que quase 70 pessoas tiveram que ser atendidas desde domingo por causa de ferimentos relacionados com o incêndio

Publicado em: 13/08/2024 17:52


O Ministério da Proteção Civil da Grécia tinha alertado que metade do país corria um elevado risco de incêndio até pelo menos 15 de agosto    (foto: Angelos TZORTZINIS / AFP)
O Ministério da Proteção Civil da Grécia tinha alertado que metade do país corria um elevado risco de incêndio até pelo menos 15 de agosto (foto: Angelos TZORTZINIS / AFP)

Centenas de bombeiros continuam a combater, pelo terceiro dia consecutivo, o incêndio em algumas áreas nas cercanias da capital grega, que teve início no último domingo na cidade de Varnavas, a 35 quilômetros a nordeste de Atenas. De acordo com a televisão estatal ERT, os ventos muito fortes alastram o fogo em uma linha de frente com mais de 30 quilômetros de comprimento e as chamas chegaram a atingir mais de 25 metros de altura em alguns locais. 

Nesta terça-feira (13), chegam os reforços de países da União Europeia, como Itália, França, Romênia e República Checa, após ter sido ativado o mecanismo de proteção civil da UE, a pedido das autoridades gregas. 

 

O Ministério da Saúde da Grécia comunicou que quase 70 pessoas tiveram que ser atendidas desde domingo por causa de ferimentos relacionados com o incêndio, além dos casos relacionados a problemas respiratórios.

 

Também o corpo de uma mulher foi encontrado carbonizado no interior de uma fábrica, na cidade de Patima Halandriou, um município que já havia sido parcialmente evacuado na segunda-feira (12). Um bombeiro ainda sofreu queimaduras graves no combate ao incêndio, enquanto outro foi hospitalizado com problemas respiratórios, segundo o porta-voz das brigadas, Vassilis Vathrakogiannis.

 

Várias localidades tiveram que ser evacuadas, o que atingiu mais de 11 mil pessoas. As autoridades locais abriram o estádio olímpico OAKA, no norte de Atenas, para acolher os milhares de deslocados. Mas, nas regiões onde o fogo já foi controlado muitos dos residentes que começaram a regressar para casa encontram tudo destruído.

 

O Ministério da Proteção Civil da Grécia tinha alertado que metade do país corria um elevado risco de incêndio até pelo menos 15 de agosto, causados pelas altas temperaturas, rajadas de vento e seca.

 

A Grécia foi afetada por duas ondas de calor extremo em junho e julho, com temperaturas superiores a 44°C em algumas regiões, que secaram a vegetação e aumentaram o risco de incêndios florestais. Segundo o Observatório Nacional de Atenas, o país viveu o julho mais quente de 2024 desde que os registros começaram a ser feitos em 1960, com 2,9 graus acima do valor médio notificado no mesmo mês entre 1991 e 2020.

 

Mas, uma onda de calor tem afetado diversos outros países europeus, que registraram temperaturas próximas dos 40 graus, e, por isso, lançaram alertas máximos devido ao elevado risco de queimadas.


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