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Oposição da Venezuela convoca novo protesto contra decisão eleitoral do TSJ

Tribunal Supremo de Justiça venezuelano anunciou o presidente Nicolás Maduro o vencedor das eleições

Publicado em: 27/08/2024 17:08

Líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado segura uma bandeira nacional em cima de um caminhão durante um protesto convocado pela oposição (Foto: FEDERICO PARRA / AFP
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Líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado segura uma bandeira nacional em cima de um caminhão durante um protesto convocado pela oposição (Foto: FEDERICO PARRA / AFP )
A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, convocou para quarta-feira (28) uma nova manifestação contra a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que anunciou o presidente Nicolás Maduro o vencedor das eleições. 

“Nos vemos nas ruas, um mês depois da nossa gloriosa vitória em 28 de julho, quando votamos, ganhamos e recolhemos as suas atas, que demonstram a esmagadora vitória de Edmundo González Urrutia", afirmou Machado.
 
A oposição venezuelana assegura que o seu candidato, o diplomata Urrutia, obteve quase 70% dos votos e publicou 83,5% das atas e, que afirma ter adquirido através de testemunhas e membros das mesas de voto para reforçar a sua reivindicação.
 
Machado ainda destacou que o Governo não se atreveu a apresentar nem um pedaço de papel e se escondeu atrás do seu TSJ, submetido à tirania e que não tem moral para respaldar ou encobrir o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que também acusa de fraudulento.
 
O CNE não divulgou os dados e atas do pleito presidencial, justificando a medida com um alegado ataque cibernético contra o sistema eletrônico de votação, que posteriormente Maduro atribuiu ao empresário Elon Musk, proprietário da rede social X.  "Não há maior confissão de derrota", disse María Corina Machado.
 
A declaração de vitória de Maduro causou protestos e operações policiais depois das eleições, que provocaram 27 mortos e mais de 2.400 detidos.
 
Além disso, o Ministério Público abriu um inquérito contra Urrutia e Machado, por usurpação de funções, difusão de informações e documentos falsos, incitamento à desobediência à lei, incitamento à insurreição, crimes informáticos e associação criminosa e conspiratória. Urrutia não compareceu na segunda-feira para ser ouvido na investigação criminal no MP, que já emitiu nova convocatória.
 
Por outro lado, Urrutia publicou um vídeo, no qual denuncia o procurador-geral do apís, Tarek William Saab, de ser um "acusador político" e insistiu que as atas das eleições devem ser divulgadas publicamente.

Os dois dirigentes da oposição se encontram na clandestinidade desde o início do mês.

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