ORIENTE MÉDIO
À frente da presidência do G7, a Itália vai propor criação do Estado da Palestina
Segundo o chefe da diplomacia da Itália, os EUA já solicitaram que a força policial militar italiana treine uma força de segurança palestina adequada
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 14/08/2024 13:47
Foto: Pixabay |
O Ministério das Relações Exteriores italiano revelou hoje que a Itália, na presidência rotativa do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, apresentará em setembro à Organização das Nações Unidas um projeto de reconstrução global para a Faixa de Gaza visando simultaneamente à criação do Estado palestino.
"Em setembro, irei propor um projeto para a reconstrução, não só humanitária, mas também política e econômica, de Gaza. A Itália está pronta para enviar um contingente para trabalhar, numa transição que será conduzida pelas Nações Unidas e liderada pelos países árabes, para o nascimento de um Estado palestino, unindo a Faixa e a Cisjordânia", anunciou Antonio Tajani, vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália.
O chefe da diplomacia da Itália também adiantou que os Estados Unidos já solicitaram que a força policial militar italiana treine uma força de segurança palestina adequada.
Mas, Tajani destacou que o interlocutor em todo este processo da reconstrução de Gaza e criação de um Estado da Palestina só pode ser a Autoridade Nacional Palestina, e jamais o Hamas.
Embora o governo italiano ainda tenha reconhecido o Estado palestino, como já fizeram vários outros países europeus, Tajani afirmou que Roma é a favor da solução de "dois povos, dois Estados". No entanto, defendeu que tem de ser oferecida uma perspectiva concreta ao povo palestino, e isto é inviável com o Hamas no poder em Gaza.
"Como é que podemos reconhecer um Estado enquanto existir o Hamas, que controla uma grande parte da Palestina e assegura que quer destruir Israel? Outros o reconheceram e o que é que mudou?", questionou o chanceler italiano, acrescentando que seu país vai trabalhar para que Tel Aviv aceite uma negociação para a concretização da fórmula 'dois povos, dois Estados'.
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