GUERRA
Hezbollah promete que resposta a Israel vai ser eficaz e forte
Pouco antes da declaração, caças israelenses sobrevoaram a capital libanesa e quebraram a barreira do som sobre Beirute, causando intensas explosões sônicas
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 06/08/2024 14:54
Chefe do Hezbollah garantiu que a reação do grupo aos ataques cometidos por Israel será forte e eficaz (Foto: Anwar Amro/AFP/Getty Images) |
O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, garantiu hoje que a reação do grupo aos ataques cometidos por Israel será forte e eficaz. “A resposta está para vir, seja em conjunto com o eixo da resistência, seja solo. Independentemente das consequências, a resistência não vai deixar os ataques israelenses passarem impunes”, afirmou Nasrallah nesta terça-feira, no dia que assinala a primeira semana da morte do alto comandante Fuad Shukr, na ofensiva atribuída as forças israelense que ocorreu perto de Beirute.
Um pouco antes da declaração do líder do Hezbollah, caças israelenses sobrevoaram a capital libanesa e quebraram a barreira do som sobre Beirute, causando intensas explosões sônicas que ecoaram pela cidade e fizeram estremecer janelas e portas. Segundo agências de noticias internacionais, os relatos de testemunhas disseram que o som das aeronaves foi um dos maiores estrondos ouvidos pelos residentes nos últimos anos.
Autoridades de segurança do Líbano ainda comunicaram que seis combatentes do Hezbollah morreram hoje num bombardeio israelense no sul do país.
Também hoje, o grupo xiita, que é apoiado pelo Irã, informou ter lançado pela manhã uma série de ataques com drones contra alvos militares perto da cidade de Acre, no norte de Israel, próximo da zona fronteiriça. Entretanto, de acordo com fontes do Hezbollah, este ataque não é a retaliação anunciada. "A resposta ao assassinato de comandante Shukr ainda não chegou", avisou a fonte, que quis manter anonimato.
O exército israelense confirmou que vários drones foram identificados e que há registro de vários civis feridos no sul da cidade costeira de Nahariya.
Enquanto isso, o governo do Líbano pediu maior apoio econômico e político do mundo árabe ao seu país, diante de uma possível expansão e prolongamento da guerra no Oriente Médio. O ministro das Relações Exteriores libanês, Abdullah Bou Habib, que se encontra no Cairo, agradeceu ao chanceler egípcio pelos contatos para evitar uma escalada e apelou que o Egito continue a apoiar o Líbano no que está por vir, principalmente fornecendo uma proteção árabe ao seu país com as expectativas dos planos agressivos de Israel para prorrogar o conflito.
Mas, Habib manifestou confiança de que se for alcançada uma trégua na Faixa de Gaza este será o primeiro passo para proteger toda a região das repercussões de uma guerra abrangente. "Quando Israel bombardeava apenas o Líbano, falamos com o Hezbollah para uma resposta que não levasse a uma guerra, no entanto agora e depois da extensão dos ataques israelenses no Iraque e em Teerã, a decisão já não é só libanesa”, argumentou o chefe da diplomacia libanês.
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