EUA considera que acordo de cessar-fogo em Gaza está próximo

Blinken também apelou a todas as partes para o finalizarem o mais rapidamente possível (foto: MARK MAKELA / AFP)

A Casa Branca afirmou hoje que está muito próxima a conclusão de um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas, apesar da escalada das tensões no Oriente Médio. 

“Acreditamos que nunca estivemos tão próximos de firmar um acordo. Existe uma boa proposta feita às duas partes e ambas devem aceitá-la para que possamos aplicar este acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns, que está mais perto do que nunca”, afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

“Mas, os Estados Unidos estão e vão permanecer em posição de apoiar Israel a se defender com toda uma gama de capacidades militares”, acrescentou Kirby. 

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também destacou que o acordo está na “fase final” e apelou a todas as partes para o finalizarem o mais rapidamente possível. Washington continua a pressionar pelo cessar-fogo em Gaza, mas alertou para a possibilidade de agravamento da situação na região, em especial pela crise entre Israel, Irã e o grupo xiita libanês Hezbollah.

Blinken reiterou que novos ataques apenas perpetuam o conflito, a instabilidade e a insegurança e disse que já avisou Teerã e Tel Aviv que os combates regionais não devem aumentar ainda mais. “A Casa Branca está envolvida dia e noite numa intensa diplomacia para evitar uma guerra regional entre Israel, por um lado, e o Irã e os grupos do eixo da resistência, onde se incluem o Hamas e o Hezbollah”, apontou.

Na terça-feira, Blinken pediu pela primeira vez publicamente ao governo de Teerã, um declarado inimigo dos EUA, e ao seu aliado israelita para evitarem a escalada em direção a uma expansão do conflito no Oriente Médio.

Enquanto isso, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), comunicou que três escolas em Gaza que abrigavam deslocados palestinos foram atingidas nas últimas 48 horas. O porta-voz adjunto do chefe da ONU, Farhan Haq, apelou a todas as partes para que respeitem os seus deveres ao abrigo do direito humanitário internacional, que incluem poupar civis e bens civis.

Já o Ministério da Saúde de Gaza divulgou um novo balanço das vítimas, informando que mais de 39.600 palestinos foram mortos e pelo menos 91.645 ficaram feridos em Gaza desde o começo da guerra.