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GUERRA

Blinken pede contenção no Oriente Médio e cessar-fogo urgente

Chefe da diplomacia norte-americana pediu que todas as partes se abstenham de medidas que contribuam para a escalada do conflito

Publicado em: 01/08/2024 12:17

Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken (Foto: ROSLAN RAHMAN / AFP
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Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken (Foto: ROSLAN RAHMAN / AFP )
Nesta quinta-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, apelou a todas as partes no Oriente Médio para que se contenham e cheguem urgentemente a um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "No que diz respeito ao Oriente Médio, a região está atualmente numa trajetória de crescente conflito, violência, sofrimento e insegurança. É essencial quebrar este ciclo, e isso começa com um cessar-fogo, no qual estamos trabalhando”, afirmou.
 
O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que todas as partes se abstenham de medidas que contribuam para a escalada e que não razões para atrasar ou recusar um acordo.
 
No entanto, Blinken não citou diretamente a morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, morto em Teerã num ataque atribuído a Israel, e se recusou a especular sobre o impacto que isto poderá ter no cessar-fogo em Gaza, que os EUA juntamente com o Catar e o Egito buscam concluir a semanas. “Acredito que não só é possível, como deve ser alcançado. É urgente que todas as partes façam as escolhas certas nos próximos dias, porque essas escolhas farão a diferença entre continuar neste caminho de violência ou avançar para algo muito diferente e muito melhor para todos os interessados", avaliou.
 
A morte de Haniyeh e também o ataque israelense na terça-feira que vitimou o chefe militar do Hezbollah, Fouad Chokr, no Líbano, escalaram ainda mais a tensão e o receio da expansão da guerra. 
 
Já os altos representantes iranianos anunciaram que vão se reunir com autoridades dos grupos apoiados pelo Irã no Líbano (Hezbollah), Iraque e Iêmen (Houthis) para discutir uma potencial retaliação contra Tel Aviv pelas mortes de Haniyeh e Chokr. Além disso, o funeral do líder político do Hamas começou hoje, no centro da capital iraniana. Uma multidão acompanha o cerimonial, concentrada perto da Universidade de Teerã, no qual será presidida pelo líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, que o declarou como um notável combatente da resistência palestina.
 
Por outro lado, o representante de Israel, Jonathan Miller, disse na terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU que a reunião de emergência foi convocada pelo maior patrocinador do terrorismo do mundo, o Irã. 
 
"O Irã não é apenas um patrocinador do terrorismo, é o próprio motor que impulsiona a máquina da morte e destruição que ameaça a todos nós. Pedimos à comunidade internacional que responsabilize Teerã pelos seus crimes", afirmou Miller, em referência ao ataque a Majdal Shams, nos Montes Golã. 
 
Miller também disse que Israel conduziu um ataque preciso contra um comandante do Hezbollah, um terrorista sênior com o sangue de israelenses e muitos outros em suas mãos. O grupo Hezbollah, por sua vez, negou a responsabilidade pela ofensiva.
 
O vice-embaixador dos EUA, Robert Wood, apelou ao Conselho de Segurança da ONU que apoiasse o direito de Israel de se defender contra ataques de grupos como o Hezbollah e outros terroristas e, que responsabilizasse o Irã pelo seu apoio a esses grupos, assim como pelas suas violações do direito internacional. "Não há dúvida alguma de que o Hezbollah foi responsável por este ataque, que usou uma arma iraniana e foi lançado de uma parte do Líbano controlada por eles", acusou Wood, acrescentando que o governo de Teerã tem que cumprir as resoluções do Conselho de Segurança ou enfrentar medidas adicionais.
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