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Biden diz 'não estar confiante' de transição pacífica se Trump perder eleição

O atual presidente disse que as insinuações de Trump na campanha sobre não aceitar uma derrota devem ser levadas a sério
Por: AFP

Publicado em: 07/08/2024 22:16

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden  (foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP)
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em uma entrevista à CBS que "não está confiante de forma alguma" de que haverá uma transição pacífica de poder para Kamala Harris se Donald Trump perder a eleição de novembro, segundo um trecho transmitido nesta quarta-feira (07).

 

Biden, de 81 anos, que desistiu da corrida pela Casa Branca em julho e foi substituído pela vice-presidente Harris como a candidata presidencial democrata, disse que as insinuações de Trump na campanha sobre não aceitar uma derrota devem ser levadas a sério.

 

"Se Trump perder, não estou confiante de forma alguma", disse Biden à rede americana na entrevista, que irá ao ar integralmente no domingo.

 

"Ele fala sério sobre o que diz. Não levamos ele a sério. Ele fala sério... tudo isso de 'se perdermos haverá um banho de sangue'", acrescentou.

 

Durante a campanha no início deste ano, Biden frequentemente mencionava o fato de que os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, após Biden derrotá-lo na eleição de 2020.

 

Biden também citava frequentemente Trump dizendo que haveria um "banho de sangue" se o magnata perdesse – embora o republicano tenha dito que estava falando no contexto das importações de carros elétricos da China.

 

 

 

No entanto, Trump tem mantido sua alegação sem provas de que a eleição de 2020 foi roubada dele, e na entrevista à CBS Biden acusou o ex-presidente de tentar instalar aliados em posições eleitorais cruciais nos estados dos EUA para manipular as contagens, caso isso acontecesse novamente.

 

"Você não pode amar seu país apenas quando vence", disse Biden.

 

O presidente há muito tempo classifica Trump como uma ameaça à democracia dos EUA.

 

Harris às vezes ecoou esse tema, enquanto foca mais em uma visão positiva em uma campanha que reenergizou os democratas, trouxe milhões de dólares e a ajudou a se posicionar à frente de Trump nas pesquisas de intenção de voto.


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