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Agência de Energia Atômica diz que Irã aumentou as reservas de urânio
Crescimento de Teerã na produção de urânio enriquecido chegou a 60%, estando a apenas um passo técnico dos níveis de 90% para produzir armas nucleares
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 29/08/2024 15:36
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| Foto: AFP |
De acordo com um relatório divulgado hoje pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de vigilância e controle nuclear da Organização das Nações Unidas, o Irã aumentou ainda mais as suas reservas de urânio enriquecido, em quantidades próximas do nível de armas nucleares, desafiando as exigências internacionais.
A AIEA declarou que o crescimento de Teerã na produção de urânio enriquecido chegou a 60%, estando apenas a um pequeno passo técnico dos níveis de 90% para produzir armas nucleares, sendo que este material indicado no relatório já estabelece o suficiente para produzir mais de três bombas.
A Agência Internacional de Energia Atômica também indicou no documento que o governo iraniano ainda não levou em conta a sua decisão de setembro de 2023 de proibir os inspetores nucleares mais experientes de monitorar o seu programa nuclear e que as câmaras de vigilância da AIEA permanecem desativadas.
“O Irã ainda não forneceu respostas à investigação de anos sobre a origem e localização atual de partículas de urânio artificial encontradas em dois locais que Teerã não declarou como potenciais instalações nucleares. Os locais são conhecidos como Varamin e Turquzabad”, afirma o relatório.
A declaração na última terça-feira do líder supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, estabeleceu limites claros para quaisquer negociações com os Estados Unidos que ocorram sob o novo governo do presidente Masoud Pezeshkian e reiterou a sua desconfiança em relação à Casa Branca.
A AIEA disse que antes das eleições de junho no Irã, o órgão da ONU foi informado que um maior envolvimento com a agência seria determinado pelo novo governo de Teerã. Mas, a Agência Internacional de Energia Atômica saudou Pezeshkian pela eleição e inclusive se ofereceu para enviar o chefe da agência ao país para retomar o diálogo e a cooperação entre a agência e o Irã. No entanto, apesar do novo presidente ter confirmado o seu acordo em se encontrar com o chefe da AIEA, nenhuma conversação teve inicio desde então.
Com o colapso do acordo que foi assinado em 2015 com as potências mundiais, o Irã abandonou todos os limites que o pacto impôs ao seu programa nuclear.
As autoridades iranianas, além disso, ameaçaram avançar com a produção de armas atômicas.
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