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"Tome um chá de camomila", diz Maduro após Lula manifestar preocupação

Em coletiva, Lula disse ter ficado "assustado" com declaração do presidente venezuelano sobre "banho de sangue" em caso de derrota nas eleições

Publicado em: 23/07/2024 21:07



Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto em maio de 2023 (foto: Camargo/Agência Brasil)
Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto em maio de 2023 (foto: Camargo/Agência Brasil)

"Que tome um chá de camomila". Foi com essa frase que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu a manifestação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse ter ficado "assustado" com as advertências do venezuelano sobre um "banho de sangue" se a oposição vencer as eleições presidenciais marcadas para domingo (28/7). 

 

Sem citar o nome de Lula, Maduro reforçou o posicionamento. "Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila", declarou Maduro. "Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita".

 

"Eu disse que se, negado e transmutado, a direita extremista (...) chegasse ao poder político na Venezuela haveria um banho de sangue. E não é que eu esteja inventando, é que já vivemos um banho de sangue.", manifestou Maduro.

 

Em coletiva de imprensa na segunda-feira (23/7), Lula disse ter ficado assustado com a declaração de Maduro. "Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", disse Lula. Vale lembrar que o presidente brasileiro é um dos aliados mais importantes de Maduro. 

 

 

 

"Eu prevejo para aqueles que se assustaram que na Venezuela vamos ter a maior vitória eleitoral da história", insistiu o presidente venezuelano, que aspira a um terceiro mandato que o projetaria a 18 anos no poder.

 

O diplomata Edmundo González Urrutia é o candidato da principal aliança opositora, que o respaldou devido à impossibilidade de apresentar a ex-deputada María Corina Machado, favorita nas pesquisas, mas impedida de exercer cargos públicos por uma sanção administrativa.

 

 

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