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Rússia condena jornalista do Wall Street Journal
Julgamento de Evan Gershkovich ocorreu à portas fechadas e o jornalista cumprirá a sentença numa colônia penitenciária de regime severo
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 19/07/2024 12:07 | Atualizado em: 19/07/2024 12:09
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| O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem, durante o anúncio do veredito no Tribunal Regional de Sverdlovsk, em Yekaterinburg (Foto: ALEXANDER NEMENOV / AFP ) |
Nesta sexta-feira, um tribunal da Rússia condenou a 16 anos de prisão o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, acusado de espionagem. Gershkovich sempre negou as acusações assim como o governo dos Estados Unidos.
O Ministério Público russo havia pedido uma pena de 18 anos de prisão em uma colônia penal de segurança máxima. As autoridades russas alegaram, sem apresentar quaisquer provas, que Gershkovich recolheu informações secretas para a agência de espionagem norte-americana CIA.
O julgamento decorreu à porta fechada e o jornalista cumprirá a sentença numa colônia penitenciária de regime severo que deve implicar em condições de detenção muito estritas, segundo ordenou o juiz Andreï Mineïev. De acordo com uma porta-voz do tribunal, o jornalista "não admitiu a culpa" e exerceu o direito a uma "última oportunidade de falar" antes do veredicto.
Ele é o primeiro jornalista do ocidente preso e condenado sob a acusação de espionagem na Rússia pós-soviética.
Gershkovich, de 32 anos, nasceu nos Estados Unidos e é filho de imigrantes da antiga União Soviética. O jornalista foi detido em março de 2023 na cidade de Ecaterimburgo, capital dos Urais, por supostamente ter obtido informações secretas sobre a indústria militar russa na fábrica Uralvagonzavod, que produz e repara tanques e outros equipamentos militares.
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