FAIXA DE GAZA
Novos assentamentos na Cisjordânia põem em risco negociações de cessar-fogo em Gaza
Para os analistas, a notícia da decisão pode mesmo colocar em risco a eficácia dos esforços diplomáticos destinados a pôr fim à guerra
Publicado em: 04/07/2024 17:55
O governo israelense aprovou os planos para construir quase 5.300 em área ocupada (foto: Zain Jaafar / AFP) |
De acordo com denúncia da ONG israelense Peace Now, o governo de Israel aprovou os planos para construir quase 5.300 de novas casas em dezenas de assentamentos na Cisjordânia ocupada, expandindo e acelerando o controle da região e impedir o estabelecimento de um futuro Estado palestino.
Para os analistas, a notícia da decisão pode mesmo colocar em risco a eficácia dos esforços diplomáticos destinados a pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, após o Hamas ter anunciado que avalia ‘positivamente’ a nova proposta de um cessar-fogo, que é apoiada pelos Estados Unidos. Também o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou inclusive já ter enviado sua delegação, liderada pelo chefe da agência de inteligência da Mosssad, para retomar as negociações com o Hamas sobre a troca de reféns e prisioneiros palestinos.
A Peace Now informou que este é o maior confisco de terras na Cisjordânia ocupada em mais de três décadas, que prevê a apropriação de 12,7 quilômetros quadrados de terras no Vale do Jordão.
UE condena medidas de Tel Aviv na Cisjordânia.
A União Europeia (UE) condenou hoje veementemente as expropriações realizadas por Israel na Cisjordânia ocupada e apelou ao governo israelense que anule estas decisões, que podem conduzir a uma anexação de fato e são uma grave violação do Direito internacional.
O alto representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, afirmou que o bloco europeu condena a chamada legalização planejada de cinco postos avançados de assentamentos israelitas e o anúncio de milhares de novas unidades habitacionais na Cisjordânia ocupada.
“A UE condena também firmemente as políticas contínuas de expropriação aplicadas na Cisjordânia ocupada pelo atual Governo israelense. Há que pôr termo aos esforços em curso que visam estabelecer fatos no terreno e que correm o risco de conduzir a uma anexação de fato”, diz o comunicado do Serviço Europeu de Ação Externa.
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