ESTADOS UNIDOS

Líder de operação para derrubar Maduro em 2020 é preso nos EUA acusado de tráfico de armas

O ex-militar americano Jordan Goudreau é acusado de violar as leis dos Estados Unidos de controle de armas e de exportar armas de guerra do tipo AR
Por: AFP

Publicado em: 31/07/2024 16:53

Ex-integrante das Forças Especiais do Exército americano foi detido nesta quarta-feira (31) (foto: Silvercorpusa/Instagram e Federico PARRA / AFP)
Ex-integrante das Forças Especiais do Exército americano foi detido nesta quarta-feira (31) (foto: Silvercorpusa/Instagram e Federico PARRA / AFP)

O ex-militar americano Jordan Goudreau, que conspirou para derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro em 2020, foi detido nesta terça-feira (30) em Nova York, após ser acusado de tráfico de armas, segundo fontes judiciais.

 

Ex-integrante das Forças Especiais do Exército americano, conhecidas como "boinas verdes", Goudreau, de 48 anos, é acusado de tentar realizar, junto com a venezuelana radicada na Colômbia Yacsy Alexandra Álvarez, uma "incursão armada" na Venezuela para derrubar Maduro.

 

Um tribunal de Tampa, na Flórida, os acusa de violar as leis dos Estados Unidos de controle de armas e de exportar armas de guerra do tipo AR, dispositivos de visão noturna e laser, sem as devidas licenças.

 

Após um mandado de prisão emitido em 17 de julho pelo citado tribunal, Goudreau foi detido em Nova York no dia 30 de julho pela polícia federal (FBI, na sigla em inglês) e está recluso no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, segundo documentos judiciais.

 

 

 

A chamada Operação Gideão, da qual participou Goudreau, tinha o objetivo de invadir a Venezuela por mar a partir da Colômbia para derrubar Maduro.

 

Oito "mercenários", como foram classificados pelas autoridades venezuelanas, morreram em enfrentamentos com militares e outros 29 foram condenados pela Justiça do país sul-americano, em maio deste ano, a entre 21 e 30 anos de prisão.

 

Dois americanos condenados a 20 anos nesse caso, Luke Denman e Airan Berry, foram liberados e entregues às autoridades americanas em uma troca de prisioneiros que levou à libertação do colombiano Alex Saab, que mantinha negócios com o governo de Caracas e foi apontado como "laranja" de Maduro.