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FBI afirma que autor dos disparos contra Trump agiu sozinho

O autor dos tiros foi identificado como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos de Bethel Park, na Pensilvânia (norte), segundo a imprensa americana
Por: AFP

Publicado em: 14/07/2024 17:23 | Atualizado em: 14/07/2024 21:46

Thomas Matthew Crooks (Foto: Reprodução)
Thomas Matthew Crooks (Foto: Reprodução)
O autor da tentativa de assassinato contra Donald Trump agiu sozinho, afirmou neste domingo o FBI (polícia federal americana), ressaltando que os investigadores "não identificaram nenhuma ideologia”. 

“Neste momento, as informações que temos apontam que o autor dos disparos agiu sozinho", disse Kevin Rojek, agente do FBI na Pensilvânia, onde ocorreu a tentativa de assassinato na véspera.

O FBI identificou o autor dos tiros como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos de Bethel Park, na Pensilvânia (norte), segundo a imprensa americana. 

"É o indivíduo envolvido na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump", afirmou a Polícia Federal americana. 

O Serviço Secreto acrescentou que o agressor disparou "vários tiros no palanque a partir de uma posição elevada fora do comício" antes de ser "neutralizado" pelos agentes.

Várias testemunhas afirmaram que viram o homem antes do tiroteio e alertaram as autoridades.

Ryan Knight, um simpatizante de Trump, declarou que viu o atirador em um edifício próximo. 

"Quando estava sentando ali, um cara disse: 'Meu Deus, ele tinha uma arma'", afirmou Knight à imprensa.

Um vídeo publicado pelo portal TMZ mostra o suposto atirador em um telhado segurando um fuzil.

O agressor estava armado com um fuzil semiautomático AR-15, informou a imprensa.
 
O que se sabe sobre Thomas Matthew Crooks
 
Algumas das pessoas que conheceram Thomas Crooks descreveram o jovem como "tranquilo" e "solitário".
 
Ex-colegas de escola de Crooks o descreveram como um aluno “tranquilo”, que parecia “solitário”, informou a ABC News. Embora parecesse “socialmente reservado”, um ex-colega não se lembrava de tê-lo ouvido falar de política, segundo a emissora.

Jason Kohler, que disse ter estudado na mesma escola que Crooks, contou que o suposto atirador foi vítima de bullying. “Ele era tranquilo, mas o perseguiram muito", afirmou, explicando que Crooks foi ridicularizado pela forma como se vestia, e que, às vezes, ele usava roupas de caça.

Dan Grzybek, líder do conselho municipal na área onde Crooks cresceu, descreveu a vizinhança como "de classe média", segundo o The New York Times. O jornal informou que o jovem trabalhou em uma casa de repouso que se surpreendeu com o envolvimento dele no ataque.
 
Após o tiroteio, investigadores encontraram um “dispositivo suspeito” no veículo de Crooks, que está sendo analisado. Artefatos explosivos foram recolhidos como provas, e autoridades investigam seu telefone celular.

“Neste momento, as informações que temos apontam que o autor dos disparos agiu sozinho", disse Kevin Rojek, agente do FBI na Pensilvânia.

A arma usada foi um fuzil AR 556 comprado legalmente, informou Rojek. Acredita-se que a arma tenha sido adquirida pelo pai do atirador, mas não se sabe se o jovem teve acesso a ela sem o conhecimento de sua família.

Rojek acrescentou que não há indícios de problemas de saúde mental. Crooks tampouco possuía vínculos militares, ressaltou o Pentágono. O FBI investiga o ataque como tentativa de assassinato e possível ato de terrorismo doméstico.

A imprensa local afirma que o jovem era republicano, mas também destaca que ele doou dinheiro para um comitê de ação política progressista alinhado aos democratas.

A plataforma de redes sociais Discord afirma ter identificado uma conta aparentemente vinculada ao suspeito, mas que era usada raramente. “Não encontramos provas de que tenha sido usada para planejar esse incidente, promover a violência ou discutir suas opiniões políticas”, disse um porta-voz.

O pai do suspeito, Matthew Crooks, disse à rede de TV CNN que está tentando entender "o que, diabos, está acontecendo", antes de falar sobre o filho. 
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