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Cúpula da OTAN começa hoje e assinala os 75 anos da organização

No cerne da conferência da Organização do Tratado do Atlântico Norte, será discutida a situação do conflito na Ucrânia e o apoio dos aliados

Publicado em: 09/07/2024 12:15 | Atualizado em: 09/07/2024 15:11

Começa nesta terça-feira (09) a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Foto: AFP)
Começa nesta terça-feira (09) a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Foto: AFP)
Nesta terça-feira até a próxima quinta, começa a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que será realizada em Washington e assinala os 75 anos da  OTAN, na mesma cidade onde, em 1949, doze países assinaram o tratado para assegurar a sua defesa coletiva.

No cerne da conferência da OTAN será discutida a situação do conflito na Ucrânia e o apoio dos aliados. Os líderes dos 32 países membros deverão reafirmar que Kiev um dia se tornará membro e prometer continuar a armar as suas tropas. No entanto, não esta previsto que irão fornecer o que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, repetidamente pede, ou seja,  que o seu país se junte à Aliança num futuro próximo, muito devido à objeção dos Estados Unidos e Alemanha. Mas, os diplomatas da organização indicam que vão debater qualificar o impulso à adesão da Ucrânia como irreversível na declaração final da cúpula.
 
Neste encontro, os membros buscam reforçar o apoio do Ocidente a Kiev numa base mais firme, na qual a Aliança Atlântica vai assumir a coordenação das entregas de armas dos EUA, um modo de assegurar antecipadamente que elas ocorram caso o candidato Donald Trump ganhe as eleições presidenciais norte-americanas, que é contrário a essa ajuda.
 
Além disso, os aliados se comprometeram a continuar a fornecer apoio financeiro a Kiev com aproximadamente 40 bilhões de euros anuais, sendo que esta promessa não é juridicamente vinculativa, uma vez que os EUA alegam que precisa ser revista no próximo ano. Mas, Zelensky deve receber em Washington também o compromisso de novos sistemas de defesa aérea para ajudar a interceptar os ataques da Rússia.
 
Por outro lado, o Kremlin afirmou hoje que irá acompanhar de perto a cúpula da OTAN, porque a aliança declarou Moscou seu inimigo e procura derrotar a Rússia. O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que a Rússia considera que a Aliança está totalmente envolvida no conflito na Ucrânia.

Na véspera da reunião da OTAN, as forças russas atingiram diversas cidades da Ucrânia, matando pelo menos 36 pessoas, deixando 137 feridos e inúmeras pessoas presas sob os escombros, além de danificar gravemente um hospital pediátrico em Kiev, o maior da Ucrânia. Uma outra ofensiva deixou quatro mortos numa maternidade na capital ucraniana. 
 
Já o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne hoje para discutir o ataque massivo da Rússia. A ONU condenou a onda de ataques dizendo que era inescrupuloso que crianças fossem mortas e feridas nesta guerra. O líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, também criticou a Rússia por atacar cruelmente civis.
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