RÚSSIA
Putin chega a Coreia do Norte para reforçar os laços com o país aliado
Na visita, presidente russo deve assinar novos acordos bilaterais comerciais e reforçar o apoio na área da segurança e da defesa entre os dois países
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 18/06/2024 14:20
O presidente russo, Vladimir Putin, desembarca de um avião ao chegar em Yakutsk (Foto: SERGEI KARPUKHIN / POOL / AFP ) |
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a Coreia do Norte, onde é esperado que assine novos acordos bilaterais comerciais com o líder norte-coreano Kim Jong-un, além de reforçar o apoio na área da segurança e da defesa entre os dois países.
Esta é a segunda visita de Putin a Pyongyang apos 24 anos, que será recebido com várias cerimônias e um concerto de gala. A visita do líder russo foi um convite de Jong-un, que há alguns meses atrás esteve em Moscou, tendo ainda declarado recentemente os laços de "irmãos de armas inquebráveis" entre ambos os países desde o período soviético.
O conselheiro diplomático do presidente da Rússia, Yuri Ushakov, adiantou que serão assinados documentos importantes e muito significativos. “O presidente russo deve assinar um acordo de parceria sobre questões de segurança, mas que não visa ações diretas contra qualquer país. As partes trabalham no acordo e a decisão final sobre a sua assinatura será tomada nas próximas horas e anunciada" avançou Ushakov.
Em um artigo publicado num jornal da Coreia do Norte, Putin elogiou o país norte-coreano por resistir àquilo que diz ser pressão econômica, chantagens e ameaças dos Estados Unidos, prometendo ainda resistência conjunta às restrições unilaterais ilegítimas. “Washington, ao recusar implementar os acordos previamente acordados, coloca continuamente novas exigências obviamente inaceitáveis. A Rússia sempre apoiou e vai continuar a apoiar a Coreia do Norte e o heróico povo coreano na oposição a um inimigo insidioso, perigoso e agressivo”, acusou.
Por sua vez, agências norte-coreanas enalteceram o Kremlin e classificam o conflito com a Ucrânia como uma “guerra sagrada para todos os cidadãos russos”.
Na delegação que acompanha Putin estão o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, o ministro da Defesa, Andrei Belooussov, dois vice-primeiros-ministros, além do diretor da agência espacial russa Roscosmos.
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