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Primeiro-ministro do Líbano se encontra com conselheiro de Biden para frear as tensões na região

Najib Mikati declarou que seu país não quer uma escalada de tensões

Publicado: 18/06/2024 às 13:20

Najib Mikati e Amos Hochstein/Foto: LEBANESE PRIME MINISTER'S PRESS OFFICE / AFP

Najib Mikati e Amos Hochstein (Foto: LEBANESE PRIME MINISTER'S PRESS OFFICE / AFP)

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, após a reunião com o enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Amos Hochstein, declarou que seu país não quer uma escalada de tensões.
 
"O Líbano não quer uma escalada, quer o que for necessário para travar a agressão israelense em curso contra o Líbano e para devolver à calma e a estabilidade à fronteira sul do país. Continuamos a tentar impedir uma escalada, restaurar a segurança e a estabilidade e pôr fim às violações em curso da soberania libanesa e aos atos sistemáticos de matança e destruição cometidos por Israel. As contínuas ameaças israelenses ao Líbano não irão impedir-nos de dar continuidade aos nossos esforços de estabelecer a tranquilidade, que é uma prioridade para nós e para todos os amigos do Líbano", disse Mikati.
 
Já Hochstein, conselheiro do presidente dos EUA, Joe Biden, que ainda se encontrou afirmou com o líder do parlamento do Líbano, Nabih Berri. “Tivemos uma conversa muito boa. Discutimos a atual situação de segurança e política no Líbano, assim como o acordo que está atualmente em cima da mesa em relação à Gaza, que representa uma oportunidade para acabar com todo o conflito ao longo da linha azul (nome da fronteira entre Israel e o Líbano). Um cessar-fogo em Gaza ou uma solução diplomática alternativa também pode acabar com o conflito ao longo da linha azul", afirmou, onde os confrontos entre as forças israelenses e o Hezbollah têm se intensificando nas últimas semanas.
 
O enviado especial norte-americano acrescentou que a Casa Branca pretende evitar uma guerra maior diante da escalada das tensões na região e que a situação na fronteira entre Israel e o Líbano é séria e que foi por isso que Biden o enviou a Beirute. "O conflito ao longo da linha azul entre Israel e o Hezbollah dura há demasiado tempo. Há pessoas inocentes morrendo, propriedades danificadas, famílias despedaçadas e a economia libanesa continua a deteriorar-se. O país está sofrendo sem nenhuma razão. É do interesse de todos que isto se resolva de forma rápida e diplomática", avaliou Hochstein.
 
Na segunda-feira, Hochstein também esteve em Tel Aviv para encontros com o governo e a oposição, numa tentativa de minimizar as tensões, que já causou inclusive à deslocação forçada de milhares de pessoas nas proximidades das fronteiras.
 
Por outro lado, a Resistência Islâmica, outro grupo jiadista sediado no Líbano, reivindicou um ataque com um drone hoje que atingiu um veículo de combate israelense na linha azul, que separa o Líbano e Israel.
 
Além disso, o jornal israelense Haaretz informou que um incêndio foi deflagrado numa área perto da cidade de Metula, no norte de Israel, após o lançamento de foguetes contra a região a partir do Líbano.
 
Desde o inicio da guerra na Faixa de Gaza, Israel já matou mais de 400 pessoas no Líbano, entre os quais  80 civis e altos funcionários do Hezbollah, que apoia o Hamas e é  financiado pelo Irã. Pelo menos 16 soldados e 11 civis também foram mortos do lado israelense da linha azul gerida pela Organização das Nações Unidas, que separa os dois países.
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