RÚSSIA

OTAN assegura que membros não estão sob ameaça militar imediata da Rússia

Em contrapartida, a Rússia acusa o presidente francês, Emmanuel Macron, de estimular as tensões na Europa

Publicado em: 07/06/2024 13:20

Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg (Crédito: PETER DAVID JOSEK / POOL / AFP)
Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg (Crédito: PETER DAVID JOSEK / POOL / AFP)

Nesta sexta-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, afirmou que não há qualquer ameaça militar imediata da Rússia aos países da organização, após o Kremlin ter acusado os aliados ocidentais de escalar as tensões na Ucrânia.

“Desde que não deixemos espaço para mal-entendidos ou erros de avaliação em Moscou ou em outras capitais de países que nos possam atacar, não existe qualquer ameaça militar contra os países da OTAN”, garantiu Stoltenberg.

O líder da Aliança Atlântica se referiu à possibilidade do governo russo testar o compromisso dos países da aliança de defender um deles em caso de ataque. Mas o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte insistiu que a Ucrânia tem o direito, de acordo com o direito internacional, de atacar alvos militares na Rússia para se defender.

Em contrapartida, a Rússia acusa o presidente francês, Emmanuel Macron, de estimular as tensões na Europa com as suas declarações. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as recentes falas de Macron mostram que a França está pronta para participar diretamente no conflito. “Cada nova entrega de armas é uma nova escalada de tensão, e a responsabilidade por esta nova escalada é dos países que a iniciam", avaliou.

Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em seu discurso hoje na Assembleia Nacional de França alertou para perigo da guerra se alastrar pela Europa: "Este regime russo não conhece limites", apontou. 

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia ainda acusou Kiev de usar foguetes fornecidos pelos Estados Unidos para bombardear alvos civis na região russa de Belgorod e de ser responsável pelas mortes de mulheres e crianças. O presidente russo, Vladimir Putin, já alertou também para as “sérias consequências” caso seu país seja atacada com armas ocidentais.