ISRAEL
Israelenses protestam contra o governo de Netanyahu
Em Tel Aviv, os manifestantes colocaram um objeto metálico semelhante a uma gaiola na estrada principal que dá acesso à cidade e atearam fogo
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 27/06/2024 13:20
Manifestantes pedem libertação de reféns na cidade central de Israel, Tel Aviv (Foto: JACK GUEZ / AFP ) |
Nesta quinta-feira, centenas de israelenses realizaram um novo protesto contra o governo e bloquearam as principais estradas do país. Os manifestantes apelam pela realização de eleições para substituir o governo do Benjamin Netanyahu, assim como à libertação imediata dos reféns.
Em Tel Aviv, os manifestantes colocaram um objeto metálico semelhante a uma gaiola na estrada principal que dá acesso à cidade e atearam fogo, causando a paralisação do trânsito. Protestos semelhantes ocorrem também nas principais autoestradas e nos cruzamentos a norte e a sul da capital de Israel.
Milhares de israelenses também já saíram às ruas recentemente, no dia 17 de junho, para exigir a renúncia de Netanyahu, o fim da guerra em Gaza e a volta dos reféns. Na ocasião, em Jerusalém, duas grandes manifestações foram realizadas, sendo uma próxima a residência do premiê e outra nos arredores do Knesset, o Parlamento do país. Os participantes dos protestos chamaram os integrantes do governo de ditadores e fascistas e acusaram Netanyahu e seus ministros de extrema-direita de arruinar o país. "Temos uma coalizão de nacionalistas fanáticos e de religiosos que não se preocupam com os interesses do país. Eles trabalham apenas em prol de suas comunidades", disseram os manifestantes.
Enquanto isso, a defesa de Benjamin Netanyahu comunicou ontem (26) ao tribunal distrital da cidade de Jerusalém que, devido à guerra em curso na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro só irá poder testemunhar no caso de corrupção em que é um dos implicados, em março de 2025. Os advogados de Netanyahu alegaram ainda que a preparação para o testemunho da defesa numa escala destas requer um período de tempo significante.
“Na realidade atual, em que é pedido à defesa tempo para o primeiro-ministro se preparar para testemunhar a meio de uma guerra, o período necessário para fazê-lo de um modo em que não haja comprometimento aos direitos e defesa é significativamente maior”, diz a nota dos advogados.
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