EUA diz que 'não há mudanças' em seu apoio a Israel após ataque a Rafah
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, acrescentou que o presidente americano, Joe Biden, não faz vista grossa para as vítimas de Rafah, mas ainda não tem planos de mudar a política após o ataque israelense
Publicado: 28/05/2024 às 18:59

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA/foto: MANDEL NGAN / AFP
Os Estados Unidos disseram, nesta terça-feira (28), que "não há mudanças" em seu apoio a Israel após o ataque na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que provocou um incêndio e deixou 45 mortos em um acampamento de deslocados.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, declarou que não havia "nenhuma mudança de política sobre a qual falar" e que o incidente "simplesmente havia acontecido".
Kirby acrescentou que o presidente americano, Joe Biden, não faz vista grossa para as vítimas de Rafah, mas ainda não tem planos de mudar a política após o mortal ataque israelense.
Biden não se pronunciou sobre o ataque de domingo, que causou uma onda de indignação internacional.
Nesta terça-feira, uma porta-voz do Pentágono disse que segue considerando que a operação israelense na cidade de Rafah é "limitada".
"Ainda consideramos que o que está ocorrendo em Rafah, o que as IDF (forças de defesa de Israel) estão fazendo, tem um alcance limitado", afirmou a jornalistas a subsecretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.
Consultada sobre a presença de tanques israelenses no centro de Rafah, segundo testemunhas, Singh repetiu: "Nada mudou do que eu disse antes. Continuamos acreditando que se trata de uma operação limitada".
[SAIBAMAIS]
"Eu vi essas informações" sobre tanques israelenses em Rafah, acrescentou. "Estamos vendo movimentos dentro de Rafah, o que não significa que o alcance e a escala da operação tenham mudado."
Por sua vez, o Ministério da Saúde de Gaza relatou 45 mortos e 249 feridos como resultado do bombardeio israelense no último domingo em um acampamento de deslocados.
Cerca de um milhão de pessoas fugiram de Rafah nas três semanas desde o início da operação terrestre do exército israelense, de acordo com a UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos.