GUERRA
Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência sobre Rafah
Encontro acontecerá a portas fechadas e foi um pedido da Argélia, um membro não permanente do Conselho, após ataque em um campo de refugiados de Rafah
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 28/05/2024 12:43
Conselho de Segurança da ONU irá realizar uma reunião de emergência para discutir a situação de Rafah (Foto: AFP) |
Nesta teça-feira (28), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) irá realizar uma reunião de emergência para discutir a situação de Rafah, cidade no extremo sul da Faixa de Gaza, junto a fronteira com o Egito.
O encontro acontecerá a portas fechadas e foi um pedido da Argélia, um membro não permanente do Conselho, após o ataque israelense em um campo de refugiados de Rafah, que provocou um incêndio e vitimou 45 pessoas, entre elas crianças, mulheres e idosos, além de deixar 250 palestinos feridos.
O incidente aconteceu após o Tribunal Internacional de Justiça, órgão judicial da ONU já ter ordenado a medida vinculativa a Israel pela suspensão imediata da ofensiva em Rafah.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou veementemente o ataque que matou dezenas de civis inocentes. "Este horror tem de acabar", declarou.
Após a condenação da comunidade internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse no parlamento do país que foi um incidente trágico.
Os militares de Israel também anunciaram que estão investigando a possibilidade de munições estarem armazenadas perto do acampamento, em Rafah, atingidos pela ofensiva aérea na madrugada do último domingo. “Pode ter sido a explosão do mesmo que deu início ao incêndio e causou mais de 40 mortos civis. Mas ainda não está claro o que desencadeou o incêndio”, afirmou Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel.
Hoje uma série de novos ataques ocorreu em Rafah e fontes médicas palestinas relataram até agora 21 mortos, que estavam refugiados em um acampamento numa área de tendas. O porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Nabil Abu Rudeineh, acusou a nova ofensiva de um mais um massacre e fez um apelo ao cumprimento da decisão do Tribunal Internacional de Justiça da ONU.
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