EUROPA

Ataques antissemitas na França e Suécia

Suspeito armado que planejaria incendiar uma sinagoga na cidade de Rouen, na França, foi morto pela polícia nesta sexta-feira (17)

Publicado em: 17/05/2024 16:32

Cobertor de emergência cobrindo o corpo de um homem morto a tiros pela polícia que teria tentado atear fogo a uma sinagoga e depois ameaçado um policial com uma faca, na cidade de Rouen (Foto: -UGC / UGC / AFP
)
Cobertor de emergência cobrindo o corpo de um homem morto a tiros pela polícia que teria tentado atear fogo a uma sinagoga e depois ameaçado um policial com uma faca, na cidade de Rouen (Foto: -UGC / UGC / AFP )
De acordo com o ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, a polícia matou nesta sexta-feira a tiro um suspeito armado que alegadamente planejava incendiar uma sinagoga na cidade de Rouen, na Normandia, no norte do país.
 
"O homem estava armado com uma faca e uma barra de ferro e se aproximou dos polícias, que dispararam. O homem morreu", disse à Agência France Presse uma fonte que não quis se identificar.
 
“Não é apenas a comunidade judaica que é afetada. É toda a cidade de Rouen que está magoada e em estado de choque”, declarou Nicolas Mayer-Rossignol, prefeito de Rouen. 
Os promotores de Rouen revelaram que foram abertas duas investigações, uma sobre o incêndio na sinagoga e outra sobre as circunstâncias da morte do homem morto pela polícia. A Procuradoria Nacional Antiterrorismo ainda anunciou que avalia se aceitará o caso.
 
"A tentativa de queimar uma sinagoga é uma tentativa de intimidar todos os judeus. Mais uma vez, há uma tentativa de impor um clima de terror aos judeus do nosso país. Combater o antissemitismo significa defender a República", indicou Yonathan Arfi, presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França.
 
No início desta semana também grafites vermelhos foram pintados no Memorial do Holocausto na França. O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou a vandalização, descrevendo-a como um “odioso antissemitismo”. O alerta de segurança no país se encontra em seu nível mais alto.
 
Tiros perto da embaixada de Israel na Suécia 

A polícia sueca anunciou hoje que reforçou a segurança em torno dos bens e interesses israelitas e judaicos na Suécia após disparos durante a madrugada nas imediações da embaixada de Israel, no centro da capital Estocolmo. Segundo as autoridades policiais já foi aberta uma investigação sobre o caso, no entanto se recusaram a informar se os disparos foram dirigidos em direção à embaixada israelita.
 
Policiais patrulhavam a área de madrugada e ouviram diversas explosões, que consideraram serem disparos de arma de fogo. "Foram encontradas evidências no local que reforçam as suspeitas que houve um tiroteio", disse o porta-voz da polícia, Per Fahlström.
 
"Nenhuma pessoa foi detida. Podemos classificar como um crime grave com arma de fogo. A investigação está em fase muito inicial e ainda há muitas etapas a serem realizadas. Por isso, não é possível dar qualquer previsão de como irá se desenvolver", disse a procuradora responsável pelo caso, Marika Hoppe.
 
"Acompanhamos de perto o inquérito sueco em curso relacionado com os disparos junto à embaixada de Israel em Estocolmo. Agradecemos às autoridades suecas pela sua imediata reação e pelo inquérito em curso, e ainda pelo reforço das medidas de segurança em redor da nossa embaixada e junto das comunidades judaicas", afirmou Ziv Nevo Kulman, embaixador de Israel na Suécia.