Irã diz que vai retaliar ataques dos EUA

Nesta segunda-feira (5), o porta-voz das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani,  declarou que Teerã vai retaliar os ataques norte-americanos ao país, após Washington ter admitido a possibilidade de atacar diretamente o Irã.

 

"A República Islâmica não hesitará em utilizar capacidades para dar uma resposta que fará com que os agressores se arrependam. Outros já viram esta capacidade e este poder e calcularão cem vezes antes de fazer algo de errado", disse Kanani.

 

O porta-voz do Irã também criticou os ataques no Iraque, Iêmen e Síria como "ações aventureiras" e ilegais, afirmando que foram levados a cabo como parte de "uma política de apoio total" a Israel. Teerã "não procura agravar as tensões e as crises na região e nunca apoiou as tensões e as crises", acrescentou.

 

Os Estados Unidos realizaram uma série de ataques contra forças de elite iranianas e grupos armados pró-iranianos na Síria e no Iraque, em resposta à morte de três soldados norte-americanos na Jordânia, a 28 de janeiro. Além disso, a Casa Branca anunciou ter efetuado ataques aéreos para destruir cinco mísseis no Iêmen, no domingo, em resposta a as ofensivas do grupo Houthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, que segundo o Comando dos EUA para o Oriente Médio, representam uma ameaça iminente aos navios da Marinha norte-americana e navios mercantes na região. 

 

“Os Estados Unidos vão continuar a retaliar e não exclui a possibilidade de um ataque direto contra alvos no Irã”, garantiu o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

 

Por usa vez, os houthis dizem que agem em solidariedade com os palestinos de Gaza. “A contínua agressão dos EUA e do Reino Unido no Iêmen não vai afetar a decisão iemenita de continuar a apoiar a Faixa de Gaza, diz o porta-voz dos Houthis, Mohammed Abdulsalam.

Abdulsalam ainda assegurou que não será fácil destruir as capacidades militares do grupo e prometeram continuar a atacar embarcações no Mar Vermelho.