GUERRA

Forças russas lançaram intensos ataques a várias cidades da Ucrânia

Houve inúmeras explosões em território ucraniano, com o registro de vários mortos e feridos

Publicado em: 15/02/2024 14:29 | Atualizado em: 15/02/2024 15:49

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que lamenta não ter iniciado a "ação" na Ucrânia mais cedo (Foto: Pixabay)
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que lamenta não ter iniciado a "ação" na Ucrânia mais cedo (Foto: Pixabay)
A Rússia atacou na última noite diversas regiões da Ucrânia, entre elas, a capital, Kiev, e as cidades de Lviv, Dnipro e Zaporizhya. Houve inúmeras explosões em território ucraniano, com o registro de vários mortos e feridos. Mais uma vez, foram atingidos edifícios residenciais e infraestruturas civis. Ao todo, foram lançados pelo menos 26 mísseis. No entanto, as forças da Ucrânia garantem que conseguiram interceptar metade destes ataques.
 
O presidente russo, Vladimir Putin também declarou nesta quinta-feira (15) que lamenta não ter iniciado a "ação" na Ucrânia mais cedo. Putin acusou o Ocidente de não cumprir os Acordos de Minsk – que estabelecia basicamente um cessar-fogo entre o exército ucraniano e os separatistas russos - e afirmou que a França e a Alemanha enganaram Moscou ao fornecerem armas para os ucranianos.
 
Já na Bélgica, em Bruxelas, onde ocorre uma reunião da OTAN com os ministros da Defesa dos países integrantes da aliança militar, o Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, defendeu que apenas a união de todos os membros da Aliança Atlântica pode enviar uma mensagem forte a qualquer adversário.
 
Eleição presidencial na Rússia
 
O Parlamento Europeu também conta com a presença de representantes da oposição russa que analisam o momento político na Rússia, a um mês das eleições. E, levaram um apelo para que Putin não seja reconhecido como um presidente legítimo após o pleito presidencial de março. A presidente da Fundação Free Russia, Natalia Arno, disse que as próximas eleições não podem ser consideradas verdadeiras. 
 
“Claro que não. Não são verdadeiras eleições. É apenas uma cerimônia eleitoral. Na verdade, as eleições nunca foram livres e justas. Durante todos estes anos de governo de Putin, os observadores eleitorais independentes e os grupos de observadores internacionais avaliaram e declararam todas estas eleições como não-livres e injustas. Mais ainda depois do golpe constitucional em 2020, quando muitas alterações foram aprovadas através, basicamente, de um referendo falso. E agora, com as votações que acontecem nos territórios ocupados do país soberano que é a Ucrânia, com a deportação forçada de ucranianos e com a participação forçada de parte dos cidadãos ucranianos, é claro que tudo isto não pode ser chamado de eleições. É completamente ilegítimo. E este é um dos nossos pedidos, da pró-democracia russa: que Putin não seja reconhecido como um líder legítimo. É muito importante, simbolicamente, que Putin compreenda esses sinais. Só a democracia na Rússia é uma garantia de sustentabilidade da vitória da Ucrânia e um fator-chave para a estabilidade e a segurança na Europa e no mundo. Mas também nos ajudará, aos russos pró-democracia, a mostrar uma alternativa viável de um país positivo e normal que será um parceiro civilizado e que respeitará o Estado de direito e os Direitos Humanos”, discursou Arno.
 
Por outro lado, a Comissão Eleitoral (CEC) russa aprovou hoje os boletins de voto para as presidenciais de março, excluindo Boris Nadezhdin, único candidato abertamente contra a invasão da Ucrânia, e permitindo três que a aprovam ou ignoram, além de Vladimir Putin.
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