EUROPA

Comissão Europeia se reúne para discutir reivindicações dos agricultores do bloco

Centenas de manifestantes e tratores percorreram as ruas de Bruxelas para pressionar os líderes europeus a fazer mais para ajudar os agricultores europeus

Publicado em: 01/02/2024 13:07

Protesto dos agricultores em Bruxelas, na Bélgica (Foto: SAMEER AL-DOUMY / AFP
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Protesto dos agricultores em Bruxelas, na Bélgica (Foto: SAMEER AL-DOUMY / AFP )
Nesta quinta-feira (1), cresce a escalada de tensão em frente ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, onde acontece uma reunião extraordinária do Conselho Europeu. Centenas de manifestantes e tratores percorreram as ruas da capital belga para pressionar os líderes europeus a fazer mais para ajudar os agricultores europeus. 
 
O protesto dos agricultores que se estendeu nos últimos dias em vários países europeus contra as políticas agrícolas europeias pode levar a Comissão Europeia a ter que alterar o apoio aos agricultores da Ucrânia e até afetar o acordo de livre comércio com o Mercosul, o bloco de países sul-americanos, do qual o Brasil faz parte.
 
A maioria do setor agrícola europeu considera a concorrência estrangeira desleal, sobretudo, em relação às importações ucranianas em detrimento dos seus produtos locais, uma vez que a União Europeia suspendeu os direitos aduaneiros sobre todos os produtos importados da Ucrânia. Também denuncia a queda dos rendimentos, a sobrecarga administrativa e a imposição de medidas ambientais. Na França, Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Bélgica e Grécia, os agricultores afirmam que enfrentam ainda nos últimos meses o impacto da inflação, o aumento do custo dos combustíveis e condições climáticas extremas. A categoria critica as restrições impostas pela União Europeia e pedem por mais apoio.

Governo francês negociou novas medidas

O presidente francês, Emmanuel Macron, que enfrenta inúmeros bloqueios no país e um ‘cerco’ a capital parisiense, afirmou que seria muito fácil culpar a Europa por tudo, e destacou os benefícios financeiros da Política Agrícola Comum (PAC) que se traduzem em milhões de euros para muitos agricultores franceses. 
 
Mas, após os anúncios de novas medidas emergenciais feitos pelo primeiro-ministro, Gabriel Attal, que atendeu algumas das reivindicações da classe, a Federação Nacional dos Sindicatos das Explorações Agrícolas (FNSEA), a principal associação de agricultores na França, decidiu a pouco interromper os protestos e os bloqueios no país Porém, o presidente da FNSEA, Arnaud Rousseau, alertou que haverá novas mobilizações se as ações não forem concretizadas no prazo de 15 dias.

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