GUERRA

União Europeia avalia financiamento futuro a UNRWA

Avaliação segue a notícia de que 12 funcionários da agência estão sendo investigados por possível envolvimento no ataque do Hamas no dia 7 de outubro

Publicado em: 29/01/2024 12:13

O primeiro-ministro de Israel acusou a UNRWA de estar "corrompida pelo Hamas" (Foto: SAID KHATIB/AFP)
O primeiro-ministro de Israel acusou a UNRWA de estar "corrompida pelo Hamas" (Foto: SAID KHATIB/AFP)
A União Europeia (UE) anunciou que ainda está considerando a continuação do financiamento à agência das Nações Unidas responsável pelo apoio aos refugiados palestinos (UNRWA).
 
“As graves alegações de que 13 membros desta agência estiveram envolvidos nos ataques do Hamas no dia 7 de outubro motivaram a Comissão Europeia a rever o assunto e as medidas a tomar. A Comissão agradece a informação fornecida pela UNRWA bem como o lançamento de uma investigação”, diz o comunicado, que assegura que a decisão tomada não tem impacto na ajuda humanitária.
 
“Temos alegações extremamente sérias contra o staff que trabalha para esta agência da ONU. É óbvio que esta investigação precisa ser séria e sem demora”, aponta a nota da UE.
 
Alguns países do bloco, como França ou Alemanha, além dos Estados Unidos e o Canadá já anunciaram a suspensão do financiamento à UNRWA até o fim das investigações.
 
Mas, a Espanha declarou nesta segunda-feira (29) que vai manter o apoio à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), apesar de vários países terem cortado o financiamento. O comunicado foi feito pelo ministro espanhol das Relações Exteriores na UE, José Manuel Albares, que afirmou que esta agência das Nações Unidas é indispensável para aliviar a terrível catástrofe humanitária que está ocorrendo em Gaza e que, por isso, a Espanha não vai modificar a sua relação com a mesma, apesar de acompanhar de perto a investigação interna.
 
O primeiro-ministro de Israel acusou a UNRWA de estar “corrompida pelo Hamas”. Benjamin Netanyahu confirmou a existência de um dossiê de informação que aponta que 13 funcionários da agência participaram direta ou indiretamente do ataque do Hamas no dia 7 de outubro.

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